Cogitado como possível vice na chapa do ex-presidente Lula à Presidência em 2022, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB, disse nessa sexta-feira que fica "honrado" com a lembrança de seu nome.
"Já disseram que vou ser candidato ao Senado, a governador, a vice-presidente. Vamos ouvir. Fico muito honrado da lembrança do meu nome"
O ex-governador negou que tenha diferenças intransponíveis com Lula e disse que política precisa ser feita com civilidade e com quem tem apreço pela democracia.
Questionado se o petista tem essa qualidade, respondeu:
"É claro que tem, não só ele, é óbvio que tem".
Alckmin esteve nessa sexta-feira na gravação de um reality show sobre política promovido pelo ex-governador de São Paulo e seu ex-vice Márcio França (PSB). Ciro Gomes (PDT) também participou.
França, ao final do evento, reiterou o convite a Alckmin para filiação ao PSB. O tucano já confirmou a saída do PSDB, mas conversa com outros partidos, como PSD e União Brasil, fusão do DEM com o PSL.
França se mostrou favorável a uma aliança entre o petista e Alckmin:
"O Alckmin é um quadro nacional. Ele tem muita experiência, é um nome conhecido, ninguém tem com ele um ódio ou uma aversão absoluta. E ele voltou a se posicionar".
Alckmin cumprimenta Ciro ao lado de França nos bastidores do reality show 'O Político' (Folhapress)
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No mesmo evento, Ciro criticou a filiação de Sergio Moro ao Podemos e disse que a terceira via não existe:
"Não existe terceira via, isso é uma grande picaretagem intelectual que virou moda, todo mundo fala isso, e você fica confundindo alho com bugalho. O que eu tenho a ver com Sérgio Moro? O que eu tenho a ver com Doria?", afirmou o ex-ministro.
Em relação a Datena, que tem sido citado como um possível vice na chapa presidencial, Ciro afirmou que tem uma afinidade muito grande com o comunicador, que conheceu ainda quando o mesmo era militante do PT.
Com informações de O Globo