Nesta quinta-feira (4), o tribunal de Wuppertal, no oeste da Alemanha, condenou uma mãe à prisão perpétua por matar cinco de seus filhos, com idades entre um e oito anos. A tragédia chocou o país.
A Justiça alemã reconheceu as "circunstâncias agravantes" e impôs a pena mais severa prevista pela Justiça alemã, impossibilitando que a mulher seja colocada em liberdade pelo menos nos próximos 15 anos.
A ré (direita), uma mãe de 28 anos, conversa com seus advogados antes de seu veredicto no final de seu julgamento no tribunal de Wuppertal, na Alemanha Ocidental (AFP)
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De acordo com a acusação, o drama começou em 3 de setembro de 2020, em Solingen, perto de Wuppertal.
A mulher acrescentou uma substância à bebida dos seus filhos, durante o café da manhã, para fazê-los adormecer.
Em seguida, ela preparou um banho. Despertou as crianças e levou um após o outro para o banheiro, onde os asfixiou ou estrangulou.
Depois disso, envolveu-os em uma toalha e colocou-os corpos na cama, onde foram encontrados os cadáveres sem vida de três meninas de um, dois e três anos, e de dois meninos, de seis e oito anos.
Neste mesmo dia, a mãe se jogou na frente de um trem na estação da cidade vizinha de Dusseldorf, mas sobreviveu à tentativa de suicídio.
Identificada como Christiane K., a acusada ficou em silêncio durante todo julgamento. Ela já havia declarado sua inocência, alegando que um homem mascarado havia entrado em seu apartamento e matado as crianças. Porém, não foi encontrada qualquer evidência que apoiasse esta versão (Sascha Steinbach - Pool/Getty Images)
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O juiz apoiou a tese da acusação, de que Christiane K teria matado seus filhos, basicamente, por "decepção, raiva e desespero".
Os problemas começaram depois que ela descobriu uma foto de seu marido - de quem estava separada havia um ano - com uma nova parceira.
"Sua vida mudou profundamente naquela época", disse o presidente do tribunal, Jochen Koetter, acrescentando que a ré não conseguiu suportar o fato e quis punir o ex-marido.
O filho mais velho do casal, então com 11 anos, escapou do destino de suas irmãs e irmãos.
Apesar dos sinais de narcisismo e de transtorno de comportamento diagnosticados antes dos eventos, ela foi considerada plenamente responsável por seus atos.
A defesa pedia que sua cliente fosse internada em um centro psiquiátrico.
Com informações da AFP