10/07/2021 17:55

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Entraram em vigor nesse sábado (10) as novas medidas anticovid do governo argentino que afetam viajantes no exterior.

A Argentina é a única nação no mundo a limitar o retorno ao país dos próprios cidadãos, levando companhias aéreas a cancelarem voos e a reavaliarem operações no país.

Aviões estacionados no aeroporto internacional de Buenos Aires, em junho de 2020 (AFP)

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Desde o dia 28 de junho, apenas 600 argentinos e residentes podem voltar no país diariamente pela única porta de entrada, o aeroporto internacional de Buenos Aires.

Esse número será elevado a mil até, pelo menos, 6 de agosto, mas de forma gradativa.

Segundo o texto da Decisão Administrativa publicada na sexta (9), foram estabelecidas cotas semanais para voos de passageiros.

Os números representam a possiblidade de retorno de 742 pessoas por dia na primeira semana da medida revisada, de 900 na segunda semana e de 1.000 a partir da terceira semana.

Atualmente, cerca de 25 mil argentinos estão bloqueados no exterior, número que deve aumentar progressivamente a cada dia, devido ao gargalo imposto pelo governo, sob o argumento de conter a chegada ao país da variante Delta.

"O setor aéreo está avaliando se é viável operar num país que não age de forma transparente e previsível ao mudar as regras do jogo a cada duas semanas", adverte Peter Cerdá, vice-presidente regional para as Américas da Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata, na sigla em inglês). 

Desde o começo da pandemia, quatro companhias aéreas deixaram a Argentina definitivamente, enquanto outras seis suspenderam todos os voos.

Entre as que suspenderam estão duas brasileiras: a Azul e a Gol.

A quantidade de pessoas com permissão para entrar no país é equivalente a uma média de três a quatro aviões diários.

O governo alega só ter condições de monitorar essa quantidade diária e que o único porto de entrada com estrutura para controle é o principal aeroporto do país.

Todas as fronteiras terrestres da Argentina estão fechadas desde dezembro, até mesmo para os argentinos.

 

Os voos com origem no Brasil, no Reino Unido, no Chile, na Índia e em todos os países africanos vão continuar suspensos.

Nenhum turista estrangeiro pode entrar no país desde dezembro.

Aqueles que regressarem do exterior estarão obrigados a se isolarem em lugares que os governos provinciais determinarem durante 10 dias.

A estadia nos lugares de isolamento serão pagas pelo passageiro, diz o texto que estabelece a medida.

Com exceção da cidade de Buenos Aires, que financia o custo dos passageiros, todos os argentinos e residentes que conseguem retornar ao país devem cumprir quarentena em hotéis sanitários: estadias a serem pagas pelos próprios passageiros.

Para os que testam negativo, o isolamento é no próprio domicílio. 

Pelas atuais regras, quem voltar ao país - apenas argentinos e residentes - deve fazer três exames:

um teste PCR no país de origem até 72 horas antes do embarque aéreo, um teste antígeno ao aterrissar em Buenos Aires e um novo PCR sete dias depois.

Todos os exames são pagos pelo viajante.

 

Com informações da RFI

 

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