13/09/2021 09:26

Compartilhe:

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, apresentou os detalhes da Comissão e o Observatório de Transparência das Eleições de 2022 (CTE).

O colegiado será composto de “especialistas, representantes da sociedade civil e instituições públicas na fiscalização e auditoria do processo eleitoral.”

Como o TSE tem procurado demonstrar, o sistema é absolutamente seguro, está em aplicação desde 1996 e jamais se documentou qualquer tipo de fraude”, disse Barroso, durante evento para auditoria da votação eletrônica dos pleitos suplementares em duas cidades do Estado do Rio de Janeiro.

A cerimônia ocorreu no domingo 12 (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

----------

Segundo Barroso, as instituições precisam dar uma resposta ao povo.

Não temos preocupação nesta matéria, porém é fato que se criou artificialmente numa pequena minoria da população algum grau de desconfiança”, disse.

A urna eletrônica está sempre sendo aprimorada em vista das novas tecnologias”, acrescentou Barroso.

Amílcar Brunazo, engenheiro especialista em segurança de dados e voto eletrônico, afirmou que a confiabilidade das urnas eleitorais é duvidosa.

De acordo com ele, o equipamento pode ser objeto de fraude, conforme explicou em audiência pública em comissão da Câmara dos Deputados:

O software é desenvolvido no TSE seis meses antes das eleições, compilado com 15 dias de antecedência, transmitido por internet pelos tribunais regionais e por cartórios e gravado num flashcard.

Brunazo salientou também que os brasileiros acabam tendo de confiar no servidor que vai pôr o dispositivo na máquina.

A equipe do professor Diego Aranha, dentro do TSE, mostrou ser possível pegar esse cartão, inserir nele um código espúrio, que não foi feito pelo TSE, e colocar na urna eletrônica."

Ele também lamenta:

"Muitas vezes é um profissional terceirizado. Realmente, o processo eleitoral brasileiro depende da confiança de todos os funcionários envolvidos. Isso é um equívoco.”.

Carlos Rocha, engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e CEO da Samurai Digital Transformation, defende a descentralização de poderes do TSE.

Segundo ele, a democracia brasileira não pode continuar a depender de um pequeno grupo de técnicos do TSE, que têm o controle absoluto sobre o sistema eletrônico de votação, de todos os códigos e chaves de criptografia.

Com informações da revista Oeste

Nos acompanhe por e-mail!