A Polícia Federal do Brasil vai investigar as gravações das câmeras de segurança da Embaixada da Hungria em Brasília.

As imagens mostram Jair Bolsonaro no local durante dois dias, após uma operação sancionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na qual o passaporte do ex-presidente foi apreendido.

Gravações da Embaixada revelam visita de Bolsonaro

O The New York Times publicou imagens mostrando o ex-presidente adentrando a representação diplomática da Hungria em Brasília no dia 12 de fevereiro e deixando o local dois dias depois.

Conforme a matéria do jornal americano, que foi repercutida pela imprensa brasileira, o político brasileiro foi acolhido pelo embaixador da Hungria no Brasil, Zoltán Szentgyorgyi.

O que diz a defesa do ex-presidente

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta segunda-feira (25) que o antigo chefe de Executivo brasileiro passou 2 dias na Embaixada da Hungria “para manter contatos com autoridades do país amigo”, inclusive com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Segundo os advogados, qualquer outra interpretação é “fake news”. 

Operação Tempus Veritatis

No dia 8 de fevereiro, a Polícia Federal (PF) iniciou a operação Tempus Veritatis, resultando na obrigatoriedade de Bolsonaro entregar seu passaporte e na imposição de uma proibição contra sua saída do país.

Possibilidade de asilo político pela Hungria

Uma fonte, sob condição de anonimato, informou que a Embaixada da Hungria considerava a possibilidade de oferecer refúgio a Bolsonaro, podendo até conceder-lhe "asilo político".

Relações Brasil-Hungria

O The New York Times também reportou que Bolsonaro está buscando "fortalecer sua amizade" com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, um líder de extrema-direita com quem mantém uma relação próxima.

Orbán visitou o Brasil em janeiro de 2019 para a cerimônia de posse de Bolsonaro, que, reciprocamente, visitou a Hungria em 2022.

Ao portal Metrópoles, Bolsonaro admitiu que esteve no local: "Não vou negar que estive na embaixada sim. Não vou falar onde mais estive. Mantenho um círculo de amizade com alguns chefes de estado pelo mundo. Estão preocupados. Eu converso com eles assuntos do interesse do nosso país. E ponto final. O resto é especulação". (ANSA).