A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados começa a analisar, nesta terça-feira (16), a revogação da “PEC da Bengala”, que aumentou de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
O caminho para eventual aprovação da proposta, no entanto, é longo, pois o texto precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado.
Se o projeto for promulgado pelo Congresso Nacional até o fim do ano que vem, o presidente Bolsonaro poderá indicar dois novos ministros para o Supremo Tribunal Federal, já que Ricardo Lewandowski e Rosa Weber têm 73 anos.
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) presidente da Comissão de Constituição e Justiça (Foto: Gustavo Sales / Câmara dos Deputados)
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Pela regra atual, eles se aposentam em 2023, e seus substitutos serão indicados pelo presidente eleito no ano que vem.
Ao justificar o projeto, a autora, deputada Bia Kicis (PSL-DF), afirma que “a elevação de idade para aposentadoria compulsória, além de não proporcionar à administração pública nenhum benefício considerável, revelou-se extremamente prejudicial para a carreira da magistratura, que ficou ainda mais estagnada do que já era”.
Até agora, Bolsonaro nomeou um ministro para o Supremo: Kássio Nunes Marques.
A segunda indicação, do ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça, está travada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado por decisão do presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).