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Edição: Hugo Julião
19:26
24/11/2020

Corrida pela vacina anti-Covid: Rússia afirma que Sputnik V é 95% eficaz

A Rússia anunciou nesta terça-feira (24) que sua vacina Sputnik V contra a Covid-19, desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Gamaleya de Moscou, tem eficácia de 95% de proteção.

Os resultados são preliminares. Eles foram obtidos com voluntários 42 dias depois da aplicação da primeira dose, indicou o ministério russo da Saúde e o Fundo Soberano russo envolvido no desenvolvimento da vacina.

O comunicado não especificou o número de voluntários vacinados que contraíram ou não a doença que levaram a esse resultado em sobre a eficiência da Sputnik V.

A vacina russa está atualmente na fase 3 de testes clínicos com quase 40.000 voluntários.

Em um outro comunicado, a Rússia abordou o preço da vacina.

"O preço de uma dose da Sputnik V no mercado internacional será inferior a US$ 10 ", anunciou o Fundo Soberano russo, ressaltando que para os cidadãos russos o produto será gratuito.

Os inventores da vacina reiteraram nesta terça-feira que os dados da pesquisa serão publicados em breve "em uma das principais revistas médicas do mundo e revisados por seus pares".

Segundo eles, trata-se de uma vacina de "vetor viral", que utiliza duas injeções de dois adenovírus (um tipo de vírus muito comum, que provoca resfriados, por exemplo) modificados com uma parte do vírus responsável pela Covid-19.

Quando o adenovírus modificado penetra nas células das pessoas vacinadas, estas produzem uma proteína típica do SARS-CoV-2, o que permite ao sistema imunológico reconhecer o vírus e combatê-lo, de acordo com o centro Gamaleya.

A concorrência é intensa para desenvolver uma vacina que freie a pandemia de coronavírus que afeta o mundo desde o início do ano.

O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford publicaram na segunda-feira (23) que sua vacina tem eficácia média de 70%.

O produto desenvolvido pela americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech tem eficácia de 95%, segundo os resultados completos dos testes clínicos em larga escala, anunciados na semana passada.

A empresa americana Moderna anunciou resultados similares (94,5% de eficácia).

Com informações da AFP

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