Dissidentes, ativistas e opositores do governo de Cuba preparam protestos contra o presidente Miguel Días-Canel.
Havana não autorizou a realização do movimento e afirmou que ele vem sendo organizado por agentes ligados aos Estados Unidos.
As manifestações devem colocar à prova o mecanismo de segurança cubano.
Apoiadores do protesto dizem temer a possibilidade de repressão policial contra quem for às ruas.
(Reprodução/Twitter)
Enquanto a data do protesto não chega, o governo e seus críticos travam uma “guerra” de comunicação nas mídias sociais, na imprensa estrangeira e na mídia estatal.
A disputa tem direito a supostos episódios de espionagem por agentes duplos, grampos telefônicos e organizações supostamente extremistas que relembram os tempos da Guerra Fria.
Os objetivos do protesto desta segunda-feira são difusos, mas deve haver pressão pela queda do governo comunista de Días-Canel, por reformas democráticas e pela libertação de prisioneiros políticos.
Nos protestos de julho, a polícia cubana prendeu pelo menos 100 pessoas dentre os manifestantes que tomaram as ruas de Havana e de outras cidade
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Manifestações de grandes proporções são raras em Cuba devido à forte repressão policial e a eficiência do serviço secreto cubano.
Mas a melhoria de qualidade das redes de internet por celular no país possibilitaram que opositores começassem a se organizar.
Em 11 de julho deste ano, milhares de cubanos saíram às ruas para protestar contra a falta de liberdades individuais e a crise econômica agravada pela pandemia e pelo embargo americano.
Houve choques, nos quais manifestantes atiraram pedras e as forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo. Foram os maiores protestos no país desde a revolução de 1959.
Com informações da revista Oeste