O dono do tríplex de Guarujá que já foi atribuído ao ex-presidente Lula (PT) quer entregá-lo pronto para uso a quem ganhar o sorteio da unidade, que será em março pela internet.
O tríplex já tinha camas nos quartos, armários de cozinha, geladeira e micro-ondas.
O empresário Fernando Gontijo, que arrematou o imóvel em leilão em 2018, diz que está agora colocando sofás, cadeiras e mesas nos cômodos.
Edifício Solaris, no Guarujá, onde fica o tríplex atribuído ao ex-presidente Lula / Danilo Verpa - 23.jan.2018/Folhapress
O apartamento está vazio há mais de três anos — e Gontijo gasta cerca de R$ 4.500 por mês com ele entre condomínio, IPTU e manutenção.
O empresário nega, no entanto, que tenha adquirido "um mico".
"É um bem diferenciado, que faz parte da história do Brasil. No futuro, nos livros, sempre teremos o tríplex", afirma ele.
Por isso, ele afirma que em vez de tentar uma venda simples, fará um sorteio.
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A prova de que o imóvel é especial, diz, é o fato de mais de 600 mil pessoas terem acessado o site do sorteio na semana em que ele foi anunciado na coluna de Mônica Bergamo, na Folha.
Gontijo diz que encomendou pareceres jurídicos para dar segurança a quem participar do sorteio.
Segundo ele, a medida é necessária em função da anulação de todos os atos do ex-juiz Sergio Moro nos processos do tríplex.
Por conta disso, afirma, a determinação do juíz para que o imóvel fosse a leilão, em 2018, também poderia ficar comprometida.
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Gontijo afirma que o leilão não perdeu a validade.
"O tríplex foi comprado por mim por R$ 2,2 milhões. O dinheiro está depositado até hoje em juízo.
O antigo dono [ele estava em nome da empreiteira OAS] pode pedir o levantamento e a devolução do dinheiro".
Com informações da Folha