14/11/2021 16:21

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 "A situação é grave (...). Não estamos tomando essa medida com o coração leve, mas, infelizmente, ela é necessária", disse o chanceler austríaco Alexander Schallenberg em entrevista coletiva em Viena, neste domingo (14).

Cerca de 65% da população recebeu um esquema de vacinação completo na Áustria, que é inferior à média europeia de 67%, e longe de países como Espanha (79%) ou França (75%).

Schallenberg descreveu essa taxa como "vergonhosamente baixa" quando mencionou o projeto de lockdown na sexta-feira.

Austríacos passam por uma placa que exige o uso da máscara FFP2 nas ruas de Viena em abril de 2021 (imagem ilustrativa/AP)

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Concretamente, os não-vacinados não terão o direito de sair de casa, exceto para fazer compras, praticar esportes ou receber assistência médica.

A medida é válida a partir dos 12 anos.

Fiscalizações não anunciadas "de magnitude sem precedentes" serão realizadas no espaço público, disse o governo, que estabelecerá patrulhas policiais adicionais.

Os infratores arriscam uma multa de € 500 euros e os que se recusarem a se submeter a fiscalizações deverão desembolsar cerca de € 1.450.

O governo austríaco vai avaliar o efeito dessas restrições em 10 dias, disse o ministro da Saúde, Wolfgang Mückstein, neste domingo.

O Parlamento deve aprovar a medida à noite, no que parece ser uma simples formalidade.

Pessoas caminham em praça na cidade de Salzburg, na Áustria; país terá lockdown para não vacinados (AFP)

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Centenas de manifestantes se reuniram nesta tarde em frente à chancelaria, agitando cartazes dizendo "não à vacinação obrigatória".

"Estou aqui para enviar uma mensagem: devemos contra-atacar", disse Sarah Hein, 30, funcionária de um hospital em Viena.

“Queremos trabalhar, queremos ajudar as pessoas, mas não queremos ser vacinados. Cabe a nós decidir”.

A Europa é afetada por uma nova onda de pandemia que levou vários países a restabelecer as restrições, como na Holanda ou na Noruega.


Com informações da AFP

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