A equipe olímpica de refugiados levará aos Jogos de Tóquio, no Japão, 29 atletas de 10 países.
Será a 2ª participação do grupo na competição. A estreia, em 2016, foi nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, com 10 competidores.
O país de onde vieram mais atletas refugiados foi a Síria.
Serão 9 participantes que nasceram no país, que atravessa uma crise humanitária na esteira de uma guerra civil.
Desde 2011, o conflito já forçou o deslocamento de 6,6 milhões de pessoas, dos 22 milhões de habitantes do país, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
Outros países com mais refugiados nas Olimpíadas de Tóquio são o Irã, com 5 atletas, e Sudão do Sul, com 4.
Na foto, os 29 atletas da equipe de refugiados que vão competir nas Olimpíadas de Tóquio.
A equipe terá representantes nas modalidades do judô, atletismo, badminton, boxe, canoagem, ciclismo, caratê, tae kwon do, wrestling (luta olímpica), tiro, natação e levantamento de peso.
De acordo com o protocolo olímpico, a delegação de refugiados será a 2ª a desfilar na cerimônia de abertura dos Jogos, logo depois da equipe da Grécia, no dia 23 de julho.
A Grécia é historicamente o 1º a entrar por causa de seu legado na criação das Olimpíadas, na Idade Antiga.
Os atletas refugiados competem sob a bandeira dos arcos olímpicos. O símbolo representa cada um dos 5 continentes do planeta.
A equipe terá uma comitiva própria, formada por 20 treinadores e 15 oficiais.
Popole Misenga é o único dos 29 atletas selecionados para Tóquio que mora e treina no Brasil.
Ele é natural de Bukavu, na República Democrática do Congo, região que foi uma das mais afetadas pela guerra civil no país, de 1998 a 2003.
Seus primeiros contatos com o judô foi na capital do Congo, Kinshasa, onde vivia por conta própria, na rua.
O atleta de 29 anos já representou seu país em competições internacionais.
Numa dessas, durante o Campeonato Mundial de Judô de 2013, no Rio de Janeiro, foi abandonado pelo treinador, conforme relato publicado no site do Instituto Reação, onde Popole treina.
Sem alimentação e nem moradia, ficou do lado de fora do estádio Maracanã por 1 dia e uma noite, quando foi levado para a Cáritas Diocesana, órgão da Igreja Católica com atuação social. Foi convidado a integrar o Instituto Reação, do medalhista olímpico Flávio Canto.
Com informações do Poder360