Parece um absurdo, mas é verdade. Apagar a história, não mudará o que aconteceu.
Pelo contrário, é um exemplo do obscurantismo que toma conta dos corações e mentes dos que não sabem contextualizar a milenar passagem do homem sobre a Terra.
Por meio de votação, estudantes da prestigiosa universidade inglesa de Oxford removeram, nesta quarta-feira (9), um retrato da Rainha Elizabeth II de uma sala, alegando que a fotografia representaria o colonialismo.
O retrato de Elizabeth II quando jovem, foi retirado sob o argumento que este poderia deixar desconfortáveis visitantes ou estudantes de ex-colônias britânicas, já que a rainha representa a "história colonial recente".
Os estudantes são membros do comitê da Middle Common Room (MCR) da Magdalen College, uma associação de alunos de pós-doutorado.
A decisão gerou uma forte polêmica, já que muitos cidadãos consideram a rainha um símbolo nacional.
Desde os protestos contra o racismo na última primavera europeia, instaurou-se uma tendência a remover estátuas relacionadas à escravidão e ao colonialismo.
Em resposta, o governo se antecipa em aprovar leis para preservar os monumentos e a história do país.
O ministro da Educação, Gavin Williamson, classificou a remoção do retrato como "simplesmente absurda".
Elizabeth II, que completará 70 anos no trono no ano que vem, "é a chefe de Estado e simboliza o melhor do Reino Unido. Durante seu longo reinado, ela trabalhou incansavelmente para promover os valores britânicos de tolerância, abertura e respeito todo o mundo", escreveu Williamson no Twitter na noite desta terça-feira (8).
A reitora da universidade, Dinah Rose, deixou claro que se trata de uma decisão dos alunos, e que nada tem a ver com a gestão da instituição de ensino.
Ela declarou que os alunos estão em idade de desenvolver suas ideias, se rebelar contra os mais velhos e provocar. E garantiu que o retrato da rainha ficará guardado em local seguro.
"Como se atrevem!", destaca o tabloide Daily Express em referência aos alunos.
A rainha se tornou "a última vítima da 'cultura do cancelamento'", lamenta o jornal conservador The Telegraph.
Com informações das agências internacionais