21/01/2021 18:38

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Um dia após tomar posse, o presidente Joe Biden assinou dez ordens executivas para tentar conter a pandemia de covid-19, revertendo uma série de políticas do ex-presidente Donald Trump.

 

A estratégia de Biden prevê a centralização da resposta nacional à crise e a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e vários meios de transporte, além de quarentena obrigatória a todos os passageiros que chegarem ao país. 

"Além do uso de máscaras, todos aqueles que viajarem aos Estados Unidos de outro país, terão de fazer um exame antes de embarcar no avião e realizar uma quarentena quando chegarem", informou Biden durante pronunciamento na Casa Branca. 

A exigência de um exame já tinha sido ordenada pelo governo anterior, mas o isolamento era apenas uma recomendação.

Não está claro como deverá ser estabelecida essa quarentena obrigatória aos passageiros internacionais. 

Presidente Joe Biden fala sobre seus planos para combater o coronavírus nos EUA, ao lado de sua vice, Kamala Harris, e do infectologista Anthony Fauci (Al Drago/Efeepa)

As ordens executivas visam dar um salto em sua estratégia nacional para aumentar as vacinações e testes, estabelecer as bases para a reabertura de escolas e empresas e aumentar imediatamente o uso de máscaras.

Isso inclui a exigência de que os americanos usem máscaras durante as viagens.  

"Não entramos nessa confusão da noite para o dia e vai levar meses para reverter isso.

Apesar das melhores intenções, vamos enfrentar contratempos. Mas para uma nação à espera de ação, deixe-me ser claro neste ponto: a ajuda está a caminho", disse Biden.



 

A nova estratégia vai na contramão da abordagem do ex-presidente Trump, que optou por uma resposta descentralizada deixando assuntos relacionados a restrições, vacinas e testagem à mercê dos estados. 



A nova porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse na quarta-feira que o presidente deverá invocar a Lei de Produção de Defesa para suprir as necessidades.

Herança da Guerra da Coreia e raramente usada na área da saúde, a medida permite que o governo inste companhias privadas a priorizar suas ordens para garantir que não falte produtos essenciais.

Em 2020, Trump ameaçava com frequência usar a legislação para pressionar empresas, mas raramente o fez.



Conselheiros da nova gestão se recusaram a detalhar quando ou como a lei será usada.

Elas afirmaram, no entanto, terem identificado a escassez de 12 tipos de materiais essenciais para o combate à crise, entre eles máscaras N95, reagentes, seringas e swabs usados para os exames que detectam a doença.

Com informações da Ap/AFP/W.Post

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