Um dia após tomar posse, o presidente Joe Biden assinou dez ordens executivas para tentar conter a pandemia de covid-19, revertendo uma série de políticas do ex-presidente Donald Trump.
"Além do uso de máscaras, todos aqueles que viajarem aos Estados Unidos de outro país, terão de fazer um exame antes de embarcar no avião e realizar uma quarentena quando chegarem", informou Biden durante pronunciamento na Casa Branca.
A exigência de um exame já tinha sido ordenada pelo governo anterior, mas o isolamento era apenas uma recomendação.
Não está claro como deverá ser estabelecida essa quarentena obrigatória aos passageiros internacionais.
Presidente Joe Biden fala sobre seus planos para combater o coronavírus nos EUA, ao lado de sua vice, Kamala Harris, e do infectologista Anthony Fauci (Al Drago/Efeepa)
As ordens executivas visam dar um salto em sua estratégia nacional para aumentar as vacinações e testes, estabelecer as bases para a reabertura de escolas e empresas e aumentar imediatamente o uso de máscaras.
Isso inclui a exigência de que os americanos usem máscaras durante as viagens.
"Não entramos nessa confusão da noite para o dia e vai levar meses para reverter isso.
Apesar das melhores intenções, vamos enfrentar contratempos. Mas para uma nação à espera de ação, deixe-me ser claro neste ponto: a ajuda está a caminho", disse Biden.
A nova porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse na quarta-feira que o presidente deverá invocar a Lei de Produção de Defesa para suprir as necessidades.
Herança da Guerra da Coreia e raramente usada na área da saúde, a medida permite que o governo inste companhias privadas a priorizar suas ordens para garantir que não falte produtos essenciais.
Em 2020, Trump ameaçava com frequência usar a legislação para pressionar empresas, mas raramente o fez.
Conselheiros da nova gestão se recusaram a detalhar quando ou como a lei será usada.
Elas afirmaram, no entanto, terem identificado a escassez de 12 tipos de materiais essenciais para o combate à crise, entre eles máscaras N95, reagentes, seringas e swabs usados para os exames que detectam a doença.
Com informações da Ap/AFP/W.Post