Milhares de pessoas saíram às ruas nesse sábado (20) no Reino Unido, Alemanha, Holanda, Suíça, Áustria, Polônia, Bulgária e Sérvia para pedir o fim das medidas contra a Covid-19.
Sem máscara, muitos manifestantes também contestam a eficácia da vacina, exigem o fim da imunização e denunciam o que consideram uma "ditadura sanitária".
A maior dos protestos ocorreu em Kassel, que tem pouco mais de 200 mil habitantes, onde entre 15 mil e 20 mil manifestantes ocuparam a principal praça da cidade antes de realizarem uma marcha.
Entre 15 mil e 20 mil pessoas marcharam no sábado (20) em Kassel, no centro da Alemanha, contra as medidas sanitárias determinadas pelo governo para barrar a propagação das variantes do coronavírus (Thilo Schmuelgen/Reuters)
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Aglomerados e sem máscara, eles tentaram ultrapassar uma barreira de proteção erguida pela polícia e enfrentaram as forças de segurança.
No local também foram registrados confrontos entre pessoas a favor e contra as medidas sanitárias.
A revolta pode ter sido em vão, pois as autoridades alemãs se preparam para impor novas restrições à população.
Elas deverão ser anunciadas nesta segunda-feira (22) pela chanceler Angela Merkel.
Pessoas participando de um protesto anti-lockdown na Oxford Street de Londres (Wales)
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Em Londres, milhares de pessoas participaram de uma marcha contra as medidas sanitárias.
A polícia anunciou ter detido 36 pessoas, a maioria por ter desrespeitado a regra que proíbe os cidadãos britânicos de saírem de suas casas sem um motivo autorizado.
Aos gritos de “liberdade”, alguns participantes contestaram a ação das forças de ordem e atiraram garrafas nos policiais.
Raros eram os manifestantes que usavam máscara, apesar do Reino Unido ser um dos países mais castigados pela Covid-19 no mundo.
Forte manifestação contra as restrições sanitárias em Amsterdã (AFP)
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Em Amsterdã, as forças de segurança usaram jatos d'água para dispersar cerca de 500 pessoas que realizaram uma manifestação não autorizada no centro da capital holandesa.
Há semanas, o país é palco de uma revolta da população que contesta a necessidade do toque de recolher noturno, imposto pelas autoridades para barrar a progressão das variantes do coronavírus.
Milhares de pessoas protestaram na cidade de Liestal, na Suíça, contra as restrições introduzidas para conter a pandemia de Covid-19 (Georgios Kefalas/Keystone)
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Em Liestal, no norte da Suíça, cerca de cinco mil pessoas se reuniram no centro da cidade.
Muitos exigiram o fim da imunização contra a Covid-19 e contestaram a obrigação de outras medidas.
Alguns manifestantes exibiram cartazes com a mensagen: "As vacinas matam" ou "Os escravos modernos usam máscara".
Várias prisões e mais de 1.600 denúncias foram feitas no sábado da manifestação em Viena (ZVg)
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Em Viena, cerca de mil manifestantes participaram de uma marcha contra as restrições, até a chegada da polícia.
O mesmo tipo de ato foi registrado em Sofia, na Bulgária, onde 500 pessoas sem máscara reclamaram o fim das medidas sanitárias.
Com informações de agências internacionais