Gabriel Boric venceu o conservador e representante da direita José Antonio Kast nesse domingo (19).
Com 99,47% das urnas apuradas, ele tinha 55,86% dos votos, mais de 11 pontos à frente do outro candidato.
A vitória de Boric foi imediatamente reconhecida por Kast.
O novo governo assumirá o comando do Chile em março do próximo ano e encontrará pela frente uma série de desafios.
Gabriel Boric, um deputado de 35 anos — idade mínima para se candidatar —, vinculado aos protestos massivos de 2019, defendeu em sua campanha um Estado de bem-estar com atenção especial às pautas feminista, ambientalista e regionalista.
José Antonio Kast, um advogado católico de 55 anos, levantava as bandeiras da redução do Estado e dos impostos, do combate à migração irregular e dos valores tradicionais (Fotos: AFP)
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Boric governará com um Congresso dividido, com o qual será necessário realizar acordos para viabilizar projetos como as reformas da Previdência e do sistema tributário.
Além disso, Boric será presidente durante a assembleia que vai definir uma nova Constituição para o Chile. Caberá a ele implantar a Carta Magna, caso ela seja aprovada.
Nas últimas semanas, Boric obteve o apoio dos ex-presidentes Ricardo Lagos e Michelle Bachelet, ambos também de esquerda.
Em seu programa de governo, as principais propostas são “o feminismo, o ambientalismo e a descentralização do poder”.
O presidente eleito também defende a legalização do aborto, além de um Estado social-democrata.
Ele é aliado de siglas extremistas, como o Partido Comunista do Chile.
Boric foi o responsável pelas articulações das manifestações violentas no Chile em outubro de 2019.
Com informações das agências internacionais