10/01/2022 16:43

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, gastou um total de R$ 1,6 milhão com viagens em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2021.

Só os 96 deslocamentos de ida e volta para a sua casa, no Rio de Janeiro, quase a totalidade sem agenda oficial, custaram R$ 1,4 milhão aos cofres públicos (quase 90% do total das suas despesas com aeronaves).

Fux também viajou nas asas da FAB para receber medalhas e homenagens.

Créditos: Pedro Ladeira

O total de voos no ano – 104 – supera a marca do ministro Dias Toffoli, presidente do tribunal em 2019, antes do início da pandemia da Covid-19.

O então presidente fez 95 voos naquele ano, sem contar os deslocamentos em aviões de carreira em classe executiva – um deles para assistir à canonização da Irmã Dulce, em Roma, ao custo de R$ 82 mil, entre passagens e diárias.

Os valores de 2021 não incluem despesas com diárias e passagens aéreas para seguranças, agora mantidas em sigilo pelo STF.

 

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A verba torrada por Fux representa quase 10 vezes os gastos do Supremo com viagens de seguranças e assessores que deram assistência direta a ministros, além deslocamentos para reuniões onde foram tratados assuntos relacionados à segurança dos ministros do tribunal (apenas R$ 170 mil).

Todas as passagens aéreas compradas em 2021 somaram R$ 325 mil.

Houve até uma verba extra de apoio ao “plano de segurança para os eventos do Dia da Independência”.

Foram compradas seis passagens para o deslocamento seguranças ao custo R$ 6,3 mil.

O STF temia a ocorrência de atos de violência diante das manifestações apoiadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

No dia 7 de setembro, o presidente da República chegou a ameaçar o descumprimento de decisões judiciais.

Mas recuou dois dias depois e pediu desculpas aos ministros que havia ofendido.

 

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A maior despesa com passagens para prestação de serviço de assessoria e assistência direta a ministro foi feita com o ministro Alexandre de Moraes  (R$ 36 mil).

O ministro mandou arquivar, em julho do ano passado, o inquérito dos atos antidemocráticos, atendendo sugestão da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ministro, porém, decidiu abrir uma nova investigação para continuar apurando a existência de uma "organização criminosa" digital montada "com a nítida finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito".

Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, respectivamente / Foto: STF/divulgação

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A segunda maior despesa com passagens para assistência direta a ministro ocorreu com o ministro Gilmar Mendes (R$ 35 mil).

Os gastos com Toffoli chegaram a R$ 25 mil.

Com Ricardo Lewandowski, mais R$ 13 mil.

Em parte das despesas, não é possível identificar o ministros que foi atendido.

 

Com informações da Gazeta do Povo

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