16/09/2021 10:47

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O presidente argentino, Alberto Fernández, enfrenta vácuo de poder provocado por renúncias em massa ordenadas pela sua vice, Cristina Kirchner, que exige uma reforma ministerial.

A crise institucional na cúpula do poder da Argentina tem um final incerto, que ameaça a governabilidade do país.

O governo do presidente Alberto Fernández prepara uma bateria de medidas para injetar dinheiro na economia através de aumento no salário mínimo, nas aposentadorias e nos planos de assistência social (AFP)

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Após 11 demissões de ministros, presidentes de empresas estatais e diretores de organismos públicos, o presidente Alberto Fernández recebeu o apoio dos ministros que não renunciaram, de governadores provinciais e de sindicalistas.

Diversas organizações sociais também devem se manifestar nesta quinta-feira (16) para demonstrar apoio ao presidente, mas a fratura no comando do país já está exposta.

Os respaldos visam preencher o vácuo de poder provocado pela disputa com a sua própria vice, Cristina Kirchner.

 

Cristina Kirchner (AFP)

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A tensão é provocada pela vice-presidente, Cristina Kirchner, que exige mudanças de ministros, a começar pelo chefe do gabinete, Santiago Cafiero.

A vice-presidente considera que só alterações significativas podem permitir ao governo dar um sinal de mudança que reverta a dura derrota eleitoral nas eleições primárias de domingo (12).

Para o Presidente, as mudanças só deveriam vir depois das eleições legislativas de 14 de novembro.

Para pressionar, a vice-presidente deu ordens de renúncias em massa.

Um a um, seis ministros (Interior, Justiça, Meio-ambiente, Ciência e Tecnologia, Cultura e Desenvolvimento Territorial) e cinco secretários de Estado, presidentes de empresas e diretores de instituições públicas pediram demissão dos seus cargos, abrindo uma crise institucional cujo desenlace incerto ameaça a governabilidade do país.

Cristina Kirchner e Alberto Fernández.  Foto: Daniel Garcia/AFP

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No domingo (12), o governo sofreu uma dura derrota nas eleições primárias legislativas que tende a ser irreversível.

Na prática, a magnitude da derrota enterra o objetivo governista de controlar o Congresso e se traduz em uma reprovação da gestão do presidente Alberto Fernández, na metade do seu mandato.

As eleições primárias na Argentina são uma das poucas no mundo abertas e obrigatórias a toda a população.

O voto vai àquele a quem o eleitor gostaria de ver como candidato, mas, ao fazê-lo, o eleitor revela em quem votará nas eleições gerais em 14 de novembro.

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