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06/07/2023 09:09

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Em uma semana com votações e decisões relevantes no Congresso, ontem foi o dia em que o governo mais liberou emendas parlamentares até aqui.

Arthur Lira e Lula Cristiano Mariz/Agência O Globo

O montante foi de R$ 2,1 bilhões, superando o R$ 1,7 bi do final de maio, próximo à votação da MP que garantiu a estrutura de ministérios do Lula.

Lembra delas? As emendas são verbas voltadas a obras e ações nos locais de base política dos deputados e senadores. 

Em troca, eles passam a apoiar pautas do governo no Congresso.

  • Basicamente, o parlamentar “entrega” seus votos para se autopromover com a população e conquistar mais votos eleitorais — em um futuro próximo.

Do total, R$ 1,4 bilhão foi para bancadas estaduais do Parlamento, enquanto R$ 700 milhões foram em emendas individuais, com foco em partidos que não são da base — mais estratégicos pensando em ganhos de votos.

Tanto que os dois que mais receberam dessa fatia foram o PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, e o PL, partido de Bolsonaro. 

Expondo a dificuldade do governo aprovar suas medidas no Congresso, depois de ontem, esses dois partidos passaram o próprio PT na soma dos valores das emendas desde o começo do ano.

E o timing foi mais estratégico ainda: O Parlamento já está começando a debater três prioridades para o Planalto — PL do Carf, arcabouço fiscal e reforma tributária.

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