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Edição: Hugo Julião
05:36
23/03/2022

Greve no INSS deve parar atendimentos a partir desta quarta; veja o que fazer

Os serviços do INSS devem parar parcialmente ou por completo a partir desta quarta-feira (23), devido a uma greve mobilizada pela federação nacional dos servidores (Fenasps).

O alcance da paralisação ainda depende da adesão das bases organizadas em cada estado.

Os servidores pedem um reajuste de 19,9% nos salários para repor a inflação desde 2019.

Reprodução

Médicos peritos não fazem parte do quadro de servidores do INSS.

A Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social manifestou apoio à greve, mas disse que os médicos trabalharão normalmente.

Ainda assim, perícias podem ser prejudicadas devido à falta de funcionários em áreas essenciais para o funcionamento das agências.


O que fazer se a agência estiver fechada

Muitos serviços para aposentados e pensionistas podem ser feitos online por meio do aplicativo ou site Meu INSS.

Até a publicação da reportagem, o Ministério do Trabalho e o INSS não responderam quais são as orientações para o segurado que tem perícia agendada ou que precisa de atendimento presencial por qualquer motivo.


Diego Cherulli, vice-presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), dá as seguintes recomendações:

1- Vá até a agência, pois nem todos os servidores irão aderir e há chances de atendimento, ainda que com atraso maior que o de costume

2- Se a agência estiver fechada, fotografe a informação que, provavelmente, estará na porta, como prova de que você compareceu

3- Caso existam servidores, mas eles neguem atendimento, solicite uma certidão de comparecimento e a remarcação do procedimento

4- Ligue no telefone 135 para pegar um número de protocolo do pedido de remarcação


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Segundo Rômulo Saraiva, advogado especialista em direito previdenciário, a greve abre a possibilidade de o segurado entrar com um processo na Justiça de concessão ou revisão do benefício sem ter de aguardar o prazo de resposta administrativa do INSS.

Em regra, esse prazo vai de 45 a 60 dias, mas fica suspenso durante as paralisações, diz ele.

Em nota, o IBDP disse que a mobilização dos servidores é justa, mas desastrosa para a população.

"Uma greve neste momento atingirá apenas os segurados.

Atualmente, há um estoque de 1,7 milhão de processos no INSS, dos quais 800 mil se referem a pessoas incapazes que estão no limbo, sem receber nem da empresa, nem do INSS, ou a pessoas com deficiência.

Uma greve atormentaria ainda mais essa situação", afirma o instituto.


Com informações da Folha de S.Paulo

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