A partir desta segunda-feira (28), os italianos não precisam mais usar máscaras ao ar livre em situações em que não houver risco de aglomerações.
A restrição foi oficialmente revogada pelo governo italiano, embora a administração da região da Campânia, no sul do país, tenha decidido manter a obrigatoriedade do uso de máscaras a céu aberto.
O premiê Mario Draghi vinha sendo pressionada a derrubar a restrição havia algumas semanas, em função da melhora dos números da pandemia e do avanço da campanha de vacinação.
Turistas sem máscara no centro de Roma, capital da Itália, em 28 de junho
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De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados apenas 782 casos e 14 óbitos no último domingo (27).
Além disso, 17,8 milhões de pessoas, o equivalente a 30% da população do país, já estão totalmente imunizadas contra o novo coronavírus.
No entanto, apesar do relaxamento, o ministro da Saúde, Roberto Speranza, lembrou que as máscaras continuam sendo um “elemento fundamental” para combater a pandemia.
“As máscaras são essenciais para enfrentar a Covid”, disse.
Já o senador de extrema direita Matteo Salvini, que liderou a pressão pelo fim da obrigatoriedade, afirmou que tirou a máscara do rosto um minuto depois da meia-noite.
“À meia-noite e um minuto, estava andando de bicicleta em Milão com amigos, e paramos porque esse é um belo passo à frente, do ponto de vista social, moral, do trabalho”, declarou.
Por sua vez, o polêmico governador da Campânia, Vincenzo De Luca, de centro-esquerda, criticou o relaxamento no uso de máscaras.
“‘Tiramos a máscara’, ouço dizer. Imbecil, tirou um elemento de proteção para você, seus filhos e seus familiares”, disse.
A região é a terceira mais populosa da Itália e vai manter a obrigatoriedade do uso de máscaras a céu aberto ao menos até 31 de julho.
No entanto, andando pelas ruas da capital regional Nápoles, não é difícil encontrar cidadãos sem o dispositivo no rosto.
“O Estado decidiu que é possível tirar as máscaras a céu aberto se houver distanciamento, mas a Campânia não faz parte da Itália?”, questionou uma napolitana.
Com informações da agência Ansa