14/05/2021 19:20

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O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União e concedeu um habeas corpus preventivo para que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, possa ficar em silêncio em seu depoimento à CPI da Covid-19.

A decisão foi publicada na tarde desta sexta-feira, 14.



O magistrado entendeu que o general pode não responder a perguntas que eventualmente o incriminem, mas, quando se manifestar, não poderá mentir.

O despacho está alinhado com a jurisprudência consolidada pelo Supremo.

Em decisões colegiadas, a Corte garantiu a pelo menos 12 alvos de dez comissões parlamentares de inquérito o mesmo direito.

A audiência de Pazuello na CPI da Covid está marcada para a próxima quarta-feira, 19 (Getty Images)

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Concedo, em parte, a ordem de habeas corpus para que, não obstante a compulsoriedade de comparecimento do paciente à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Pandemia da Covid-19, na qualidade de testemunha, seja a ele assegurado:

(i) o direito ao silêncio, isto é, de não responder a perguntas que possam, por qualquer forma, incriminá-lo, sendo-lhe, contudo, vedado faltar com a verdade relativamente a todos os demais questionamentos não abrigados nesta cláusula;

(ii) o direito a ser assistido por advogado durante todo o depoimento; e

(iii) o direito a ser inquirido com dignidade, urbanidade e respeito, ao qual, de resto, fazem jus todos depoentes, não podendo sofrer quaisquer constrangimentos físicos ou morais, em especial ameaças de prisão ou de processo, caso esteja atuando no exercício regular dos direitos acima explicitados, servindo esta decisão como salvo-conduto”, diz um trecho da decisão.

Pazuello foi convocado para prestar esclarecimentos à CPI na condição de testemunha.

Neste caso, ele é obrigado a dizer a verdade e não pode ficar calado diante das perguntas.

No entanto, ele é investigado na primeira instância, em um inquérito que apura suposta omissão do ex-ministro da Saúde no episódio do colapso hospitalar em Manaus, capital do Estado do Amazonas, no início do ano.

A defesa de Pazuello temia que eventuais respostas concedidas por ele à comissão possam ser utilizados como elementos de prova na investigação.

Com informações da JP

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