O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (27) a indicação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e do subprocurador Paulo Gonet para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR).
As indicações serão enviadas ao Senado para aprovação.
Lula ao lado dos indicados para a PGR, Paulo Gonet (esquerda), e para o STF, Flávio Dino / Foto: Ricardo Stucket/PR
Processo de aprovação no Senado
- Os indicados passarão por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deverão ser aprovados pelo plenário do Senado com pelo menos 41 votos favoráveis.
- A meta do governo é garantir a avaliação das indicações antes do recesso legislativo, que se inicia em menos de um mês.
Possíveis desdobramentos e substituições
- Enquanto aguarda a avaliação do Senado, Dino continuará no Ministério da Justiça.
- Em caso de aprovação, Simone Tebet é cotada para assumir o Ministério da Justiça.
- Se aprovados, caberá ao STF e à PGR definir a data das posses dos novos nomeados.
Perfil dos indicados
Flávio Dino
- Flávio Dino, de 55 anos, é advogado, ex-juiz, professor e político, tendo sido juiz federal, deputado federal, governador do Maranhão e eleito senador em 2022.
- Como ministro da Justiça, enfrentou diversos desafios, incluindo os atos golpistas de 8 de janeiro e a federalização das investigações do caso Marielle Franco.
Paulo Gonet
- Paulo Gonet, atual vice-procurador-geral eleitoral, tem atuado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e defendeu a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma ação julgada pela corte.
Repercussões das escolhas
- As indicações, que deveriam refletir a diversidade, não contemplaram mulheres ou pessoas negras, frustrando expectativas de setores da sociedade e do próprio PT.
- Atualmente, o STF conta com apenas uma mulher em atividade, a ministra Cármen Lúcia.
Cargos vagos e heranças
- Dino ocuparia a cadeira deixada por Rosa Weber, herdando 345 processos em aberto.
- A PGR, com a escolha de Gonet, preencheria o comando vago desde setembro, após o término do mandato de Augusto Aras.
Com informações do G1