26/01/2022 17:20

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O chefão do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, praticamente descartou qualquer possibilidade de participação da ex-presidente Dilma Rousseff em um eventual novo governo petista, a partir de janeiro do ano que vem.

Lula e Dilma / Crédito: Lula Marques/Agência PT

Em entrevista à Rádio CBN do Vale do Paraíba (SP), nesta quarta-feira, 26, Lula fez elogios à sua sucessora no Palácio do Planalto, mas deu sinais de que pretende convidar lideranças mais jovens para compor o ministério de seu eventual governo.

Dilma foi ministra de Minas e Energia e ministra-chefe da Casa Civil de Lula.

Ela foi escolhida pelo líder petista para ser candidata à sua sucessão, em 2010 — venceu aquela eleição e foi reeleita em 2014.

Em 2016, em meio ao escândalo do petrolão e à maior crise econômica da história do país, foi deposta por um processo de impeachment.

 

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O tempo passou, tem muita gente nova no pedaço e eu pretendo montar o governo com muita gente nova, muita gente importante e com muita experiência também”, disse Lula.

“A Dilma é uma pessoa pela qual eu tenho o mais profundo respeito e carinho.

A Dilma, tecnicamente, é uma pessoa inatacável, tem uma competência extraordinária.

Onde ela erra, na minha opinião, é na política”, ponderou o ex-presidente.

Segundo Lula, Dilma “não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar, para ouvir as pessoas, para atender as pessoas mesmo quando você não gosta do que as pessoas estão falando”.

Eu sou daqueles políticos que, se o cara estiver contando uma piada que eu já sei, não vou dizer que já sei essa.

Não, conta outra vez. Tudo bem, se for necessário rir…

Nisso, eu acho, efetivamente que cometemos um equívoco pela pressão em cima da Dilma”, completou Lula.

O chefão do PT, que muitas vezes se manifesta como se já estivesse eleito para mais um mandato como presidente da República, vem negociando com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (ex-PSDB, atualmente sem partido) a formação da chapa em outubro — o ex-tucano deve ser o candidato a vice.

Dilma, publicamente, se manifestou contra a aliança.

 

Fonte:Revista Oeste

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