Os manifestantes, a maioria sem máscara, desafiaram as recomendações das autoridades e desfilaram neste sábado (3) nas ruas de Stuttgart contra as medidas sanitárias adotadas pelo governo.
Ao mesmo tempo, o governo levanta a necessidade de reforçar as restrições para frear a terceira onda da pandemia de Covid-19.
Como em Kassel, os partidários do movimento alemão "anticonformista" protestaram neste sábado nas ruas de Stuttgart contra as medidas sanitárias, adotadas para barrar a pandemia de Covid (Thilo Schmuelgen/Reuters)
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Os milhares de manifestantes ignoraram todos os pedidos feitos pelas autoridades para que respeitassem as regras sanitárias em vigor, como o uso de máscara e o distanciamento social.
Eles fizeram uma passeata do centro de Stuttgart até uma praça no nordeste da cidade, relatou um jornalista da AFP. Nenhum incidente grave foi registrado.
(Fabrizio Bensch/Reuters)
O movimento contrário às medidas adotadas para limitar a propagação do conronavírus foi batizado de “Querdenken”, ou ”anticonformista”.
Seus integrantes protestam regularmente na Alemanha desde o início da pandemia.
Ele é formado principalmente por partidários da extrema esquerda ou da extrema direita, adeptos das teorias de complô e antivacinas.
(Christoph Schmidt/AFP)
Em Stuttgart, cidade do sudoeste alemão, os manifestantes carregavam cartazes pedindo o “fim da ditadura da Covid”.
A mobilização foi organizada no momento em que o país debate sobre a necessidade de ampliar as medidas restritivas devido a explosão das infecções.
O porta-voz do governo antecipou neste sábado que a possibilidade de uniformizar as regras sanitárias em todo o país está sendo estudada, caso as medidas adotadas por cada região não forem suficientes para “frear a terceira onda” da epidemia.
Em uma entrevista, na semana passada, a chanceler Angela Merkela disse desejar a instauração de um toque de recolher nacional e ameaçou intervir de uma maneira mais autoritária se as regras não forem respeitadas regionalmente.
Com informações da AFP