Nessa quinta-feira (29), a Organização dos Estados Americanos (OEA) advertiu que a emigração venezuelana pode chegar a sete milhões de pessoas até o fim de 2021 ou o início de 2022.
Esse número supera o êxodo da Síria, considerado o maior do mundo, com 6,7 milhões de refugiados que saíram do país.
O relatório, divulgado pelo Grupo de Trabalho da OEA para a Crise de Migrantes e Refugiados Venezuelanos, alerta que se não houver uma solução política, econômica e social no curto prazo, a estimativa é que poderá haver mais refugiados venezuelanos do que sírios no mundo.
O coordenador do grupo, David Smolansky, assegura que existem mais de 5,6 milhões de migrantes e refugiados da Venezuela.
Esse número que corresponde a 18% da população local. “É a maior crise de exilados da história da região”, declarou.
De setembro de 2020 para cá, cerca de 700 a 900 pessoas fugiram diariamente por vias irregulares, enfrentando rotas marítimas ou trilhas perigosas.
O principal destino é a Colômbia, que já conta mais de 1,7 milhão de venezuelanos no seu território, seguida por Peru (1,05 milhão), Estados Unidos (465 mil), Chile (457 mil) e Equador (431 mil).