Especialistas da missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregados de investigar as origens do novo coronavírus começaram a deixar a China hoje (10).
O país é considerado como o "início do caminho" para desvendar a origem da covid-19.
"A equipe está trabalhando até sair [da China]. Esse é apenas o início do caminho, com muito trabalho a ser feito, seguindo as pistas dos nossos colegas chineses", afirmou o britânico Peter Daszak, membro da missão, na rede social Twitter.
(Reuters)
A epidemiologista dinamarquesa Thea K. Fischer apontou duas teorias preliminares sobre as origens do vírus: por meio de um animal que serviu de hospedeiro intermediário para humanos ou de algum alimento congelado.
Essa segunda teoria tem sido defendida pela China repetidamente, nos últimos meses, após a detecção de vestígios do vírus em alguns produtos congelados importados pelo país asiático.
A investigação é extremamente sensível para o regime comunista, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o vírus teve origem em outros países.
Peter Daszak admitiu que a equipe teve de fazer suas investigações num ambiente de pressão política.
O chefe da missão, o especialista em zoonose dinamarquês Peter Ben Embarek, descartou que o vírus tenha tido origem em um laboratório, e considerou a possibilidade de que tenha chegado à China por meio de produtos congelados.
"Tudo continua a apontar para um reservatório desse vírus, ou um vírus semelhante, nas populações de morcegos", seja na China, em outros países asiáticos ou mesmo em outros lugares, defendeu.
Acrescentou que rastrear o percurso do vírus ainda é um "trabalho em andamento".
Com informações da RTP