05/01/2022 07:23

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A Polícia Federal escolheu um delegado que já investigou o PCC para dar continuidade ao inquérito sobre as circunstâncias do atentado contra o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.

Martin Bottaro Purper, 43, está há 17 anos na corporação. Entrou como agente administrativo em 2004 e, pouco mais de dois anos depois, tomou posse como delegado.

Caberá ao policial buscar informações que possam esclarecer se Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada, contou com a ajuda de terceiros ou agiu a mando de alguém.

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Bolsonaro questiona até hoje o trabalho realizado pela PF, que não coletou qualquer evidência de que Adélio tenha sido auxiliado por outras pessoas ou obedecido a um mandante. 

Ao ser internado na segunda-feira (3) com fortes dores abdominais, reflexo ainda do ferimento no abdômen, o presidente e apoiadores voltaram a abordar o assunto.

Em novembro passado, com base em um pedido do criminalista Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), determinou a reabertura do caso.

Adélio Bispo \ Reprodução

O tribunal autorizou que a PF vasculhe dados bancários e o conteúdo do celular apreendido em poder do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos defensores de Adélio.

As informações podem revelar quem custeou os honorários advocatícios. Em dezembro de 2018, autorizada pela Justiça Federal de Minas Gerais, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão de materiais em propriedades de Oliveira Júnior.

A pedido da OAB, sob o argumento de que houve quebra de sigilo profissional, o TRF-1 concedeu uma decisão liminar (provisória) para brecar a análise ou perícia dos materiais apreendidos, revertida há cerca de dois meses após o recurso de Wassef.


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O advogado Fernando Magalhães, que também atuou na defesa de Adélio, afirmou que um recurso contra a decisão do TRF-1 será analisado pelo STJ e, eventualmente, o STF também será acionado.

Caso a determinação do TRF-1 prevaleça, o delegado Martin Bottaro Purper dará continuidade ao trabalho que estava a cargo do colega Rodrigo Morais Fernandes, que está em missão em Nova York (EUA).

Purper atuou em investigações recentes que mirou ações do PCC, entre elas a Operação Cravada, deflagrada em 2019 para desarticular o núcleo financeiro da facção criminosa.

O delegado também coordenou, no ano passado, a Operação Register, que teve como foco pessoas apontadas como as responsáveis por um cadastro de integrantes do PCC.

Com informações da Folha

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