A bancada do Podemos no Senado defendeu, em nota divulgada ontem (1º), o afastamento do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) da presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
O parlamentar é alvo de acusações de que teria sido beneficiado por um esquema de “rachadinha” em seu gabinete.
Segundo reportagem publicada pela revista Veja, seis mulheres denunciaram o ex-presidente do Senado.
Marina Santos, Érica Castro, Lilian Braga, Jessyca Pires, Larissa Braga e Adriana Almeida, moradoras do entorno do Distrito Federal, teriam sido contratadas como assessoras, mas jamais trabalharam efetivamente para Alcolumbre.
Senador Davi Alcolumbre concede entrevista ao lado do senador Randolfe Rodrigues (Fotos: Agência Senado)
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O esquema, iniciado em 2016, teria desviado ao menos R$ 2 milhões.
Elas tinham vencimentos mensais entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas devolviam parte do montante ao gabinete de Alcolumbre.
De acordo com a Veja, os extratos das contas das funcionárias mostram que o salário era depositado e imediatamente sacado.
“Tendo em vista as graves denúncias veiculadas na imprensa no último final de semana, o Podemos defende o imediato afastamento do senador Davi Alcolumbre da presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal”, diz a nota do Podemos.
Segundo o comunicado da bancada do partido, “a medida tem dois propósitos: permitir ao senador se defender de maneira plena e, ao mesmo tempo, não prejudicar o regular andamento dos trabalhos da mais importante comissão da Casa”.