20/07/2021 08:20

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Nessa segunda-feira (19), Jair Bolsonaro afirmou que não vai sancionar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada.

De acordo com o presidente, o valor é "astronômico" e poderia ser mais bem empregado em obras de infraestrutura.

"É uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada. Posso adiantar para você que não será sancionada", afirmou em entrevista à TV Brasil.

Depois, o presidente disse que "a ideia nossa é vetar esse dispositivo" e que essa é uma "tendência".

Se ele não se manifestar em 15 dias, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) entra em vigor mesmo sem aval dele, nos termos aprovados pelo Legislativo.

Eventual veto de Bolsonaro tende a provocar insatisfação do Centrão, sua base de apoio no Congresso, que também pode derrubar a decisão do presidente.

"O valor é astronômico. Mais R$ 6 bilhões para fazer campanha eleitoral. Imagine na mão do ministro [da Infraestrutura] Tarcísio [de Freitas] o que poderia ser feito com esse dinheiro", declarou Bolsonaro.

"Se esse recurso vai para a mão do [ministro] Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, você pode concluir as obras de água para o Nordeste."

Bolsonaro afirmou ainda, na mesma entrevista, que um eventual veto ao montante seria algo normal da convivência com o Congresso. 

"Afinal de contas, eu tenho que conviver em harmonia com o Legislativo. Nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado e nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho obrigação de aceitar do lado de cá."


Divisão do Fundo Eleitoral por partidos, projeção para 2022:

A verba votada pelos congressistas, destinada para o financiamento de campanhas, representa quase o triplo do que foi usado no pleito municipal de 2020 (R$ 2 bilhões) e nas eleições gerais de 2018 (R$ 1,7 bilhão

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