19/07/2021 08:12

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O Partido Comunista de Cuba reagiu à repercussão dos atos organizados contra o regime, há uma semana, e convocou milhares de apoiadores para se manifestarem nas ruas de Havana. 

Eles protestaram contra o embargo comercial imposto pelos Estados Unidos e reafirmaram apoio à Revolução Cubana.

Os grupos, que se reuniram no sábado (17), agitaram bandeiras de Cuba e do Movimento 26 de Julho (grupo revolucionário que derrubou o ditador Fulgêncio Batista, em 1959). 

Havia também cartazes com fotos de Fidel Castro (1926-2016) e de seu irmão mais novo, Raúl, que compareceu aos atos com seu uniforme de general.

Raúl, 90, deixou de atuar na liderança do Partido Comunista em abril, encerrando um período de mais de seis décadas em que os irmãos Castro comandaram o país. 

Desde então, esta foi a primeira vez em que ele participou de atos públicos.

Os manifestantes foram convocados por grupos que se dividem por bairros e são conhecidos como "comitês de defesa da revolução". 

Segundo Margaritza Arteaga, assistente social que participou dos atos e deu entrevista à agência de notícias Reuters, esses comitês enviaram ônibus para trazer os apoiadores a Havana. 

Ela contou que havia embarcado ainda de madrugada rumo ao local do ato.

"Com ou sem pandemia, temos que defender [a Revolução Cubana] e aqui estamos, nos protegendo e nos cuidando, porque também temos que defender o que é nosso", disse o professor Héctor Román, 73, que participou do ato, à agência de notícias AFP.

Aos gritos de "abaixo os ianques", a manifestação foi uma resposta aos protestos que eclodiram em várias partes do país no último domingo (11).

Tudo acontece em meio à escassez generalizada de produtos básicos, demandas por direitos políticos e liberdade de expressão, e o pior momento epidemiológico da ilha desde o início da pandemia. 

 

Com informações da Reuters/AFP

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