O secretário Antony Blinken, enfatizou nessa sexta-feira que a Rússia ainda tem a opção de escolher o caminho da diplomacia no que diz respeito às tensões envolvendo a Ucrânia.
No entanto, se escolher o conflito, "haverá sérias consequências e condenação internacional".
"Os Estados Unidos e a Europa estão prontos para se encontrar com a Rússia em qualquer um destes dois caminhos".
A advertência foi feita em entrevista coletiva após reunião em Genebra, na Suíça, com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.
"Ouvimos (Lavrov) repetir que eles (russos) não têm intenção de invadir a Ucrânia, mas há coisas que todos nós vemos, então eu lhe disse que, para convencer o mundo, poderiam chamar de volta os militares que colocaram na fronteira e permanecer comprometidos com a via diplomática, como fizeram hoje", acrescentou.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, considerou contraditório que a Rússia defenda sua vontade de resolver as tensões sobre a Ucrânia através da diplomacia, mas ao mesmo tempo continue a fortalecer sua presença militar na fronteira com a Ucrânia / Foto: Reuters
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A reunião de 90 minutos no Hotel Wilson, em Genebra, foi "franca e substancial", disse Blinken.
Ele reiterou a Lavrov que os EUA e seus aliados considerariam qualquer incursão das tropas russas em território ucraniano como uma "invasão".
Tal ação seria respondida de forma "rápida, enérgica e unificada" pelos EUA e pela Otan, enfatizou.
Blinken assegurou, por outro lado, que os EUA ouviram na reunião de hoje, como nas anteriores, as preocupações de segurança da Rússia "e estão preparados para atendê-las com um espírito de reciprocidade".
A reunião "foi mais uma troca de pontos de preocupação do que uma negociação", enfatizou.
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Com relação à exigência da Rússia de que a Otan se comprometa a nunca aceitar a adesão da Ucrânia, Blinken insistiu que "o povo ucraniano é quem deve escrever seu futuro e não há espaço para discussão a respeito".
Embora Blinken tenha admitido que pouco progresso foi feito no diálogo de hoje, ele disse que "Lavrov agora tem uma melhor compreensão de nossa posição e vice-versa".
Com informações da EFE