O Senado Federal aprovou, em dois turnos de votação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe as decisões individuais dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PEC, agora, segue para análise na Câmara dos Deputados.
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária.
Detalhes da votação e tramitação
- Ambos os turnos tiveram o mesmo placar, com 52 votos a favor e 18 contra, ultrapassando o mínimo necessário de 49 votos.
- Na Câmara, a decisão sobre o processo de tramitação da proposta ficará a cargo do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Contexto e reações políticas
- Originalmente proposta em 2021, a PEC ressurge em um cenário de tensões entre o Senado e o STF, impulsionada principalmente pela oposição e pelo centrão.
- O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nega que a medida seja uma reação ou ataque ao STF.
- O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), votou a favor, enquanto a maioria da bancada petista se opôs.
Mudanças propostas na PEC
- O relator da PEC, senador Espiridão Amin (PP-SC), fez alterações no texto, incluindo a retirada de um dispositivo que limitava os pedidos de vista a seis meses, renováveis por mais três.
- Amin também incluiu uma emenda que permite às advocacias das Casas Legislativas atuar na defesa de leis federais quando sua constitucionalidade for analisada pelo STF, função anteriormente exercida pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Perspectiva dos ministros do STF
- Ministros do STF, consultados pelo UOL, consideram que as mudanças já estão previstas no regimento interno do tribunal.
- As alterações são vistas mais como uma jogada política do que uma mudança efetiva nas operações da Corte.
- O Senado também discute outra proposta relacionada ao mandato dos ministros do STF, visando estabelecer um prazo mais restrito para a ocupação do cargo.
- Atualmente, os ministros se aposentam compulsoriamente aos 75 anos.
Com informações do UOL