05/10/2023 07:54

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Lideranças do Senado, algumas próximas ao governo Lula, veem as iniciativas do Congresso para conter o Supremo Tribunal Federal (STF) como um “caminho sem volta”.

Recentemente, cresceram os debates no Senado sobre a criação de um mandato fixo para os ministros do STF e sobre a limitação de suas decisões individuais.

Ministro Roberto Barroso e Rodrigo Pacheco / Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Reações às pautas do fim do mandato de Rosa Weber


Acredita-se que parte dessa movimentação foi motivada pela decisão da ex-presidente do STF, Rosa Weber, de abordar temas sensíveis ao bolsonarismo no final de sua gestão, como aborto, criminalização das drogas e marco temporal para terras indígenas.

 

Pressão sobre o presidente dAo Senado


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem sido criticado por sua postura em relação a essas questões.

  • Ele foi particularmente atacado após dar seguimento à votação do marco temporal logo após o tema ser analisado pelo STF.
  • O entorno de Pacheco argumenta que ele havia postergado esses debates durante a administração de Bolsonaro e sugere que Weber provocou tensões ao abordar esses tópicos sem medir o clima político.

 

Mudanças no horizonte para o STF


Veteranos do Senado preveem que propostas como estabelecer um mandato de 12 anos para os magistrados do STF e aumentar a idade mínima para ingressar na corte, atualmente em 35 anos, ganharão rapidamente apoio no Congresso.

 

Decisões monocráticas


Há também um consenso entre esses líderes de que a Proposta de Emenda à Constituição, limitando decisões monocráticas e pedidos de vista em tribunais superiores, será aprovada sem grandes obstáculos.

Para exemplificar o ímpeto do Senado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, em um tempo recorde de 42 segundos, o texto que restringe a capacidade de ministros tomarem decisões individuais em situações envolvendo presidentes da República e lideranças legislativas.


Com informações do O Globo

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