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Edição: Hugo Julião
07:13
17/02/2021

STF: Moraes determina prisão em flagrante de deputado federal Daniel Silveira

Na noite desta terça-feira, 16, o deputado federal Daniel Silveira (PSL – RJ) foi preso em sua casa em Petrópolis, no Rio de Janeiro, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O político publicou um vídeo em suas redes sociais fazendo ataques, xingamentos e palavrões aos ministros do STF.

Em especial ao ministro Edson Fachin, depois das críticas feitas ontem por Fachin à interferência de militares no Judiciário.

“Por várias e várias vezes já te imaginei (Fachin) levando uma surra. Quantas vezes eu imaginei você e todos os integrantes dessa corte aí. Quantas vezes eu imaginei você, na rua levando uma surra.

O que você vai falar? Que eu tô fomentando a violência? Não, só imaginei. Ainda que eu premeditasse, ainda assim não seria crime, você sabe que não seria crime.

Você é um jurista pífio, mas sabe que esse mínimo é previsível. Então qualquer cidadão que conjecturar uma surra bem dada nessa sua cara com um gato morto até ele miar, de preferência após a refeição, não é crime”, disse no vídeo.

Na decisão assinada por Alexandre de Moraes, o ministro determinou a efetivação da prisão em flagrante delito, por crime inafiançável.

Além disso, foi determinado que o Youtube remova de imediato o vídeo publicado pelo deputado, sobe pena diária de R$ 100 mil.

VEJA O VÍDEO QUE O DEPUTADO GRAVOU NO MOMENTO DA PRISÃO

Silveira é investigado no inquérito que mira o financiamento e organização de atos democráticos em Brasília.

Em junho, ele foi alvo de buscas e apreensões pela Polícia Federal e teve o sigilo fiscal quebrado por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Alexandre de Moraes argumentou que sua decisão se justificava em função de um vídeo de 19 minutos, veiculado em redes sociais.

Nele o deputado ofende os ministros do STF Luiz Eduardo Fachin, Luiz Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e o próprio Moraes.

No vídeo, Silveira desafia Moraes, chamado de "fodão do Supremo", a agir contra ele.

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