07/12/2021 09:27

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Cercados, dois policiais militares começam a ser agredidos por frequentadores de um baile funk. Um deles é atingido por um soco no rosto, chutes, pedras e garrafadas.

O colega de farda se afasta para disparar, mas é contido por outro homem. "Vão matar os polícias!", grita uma pessoa em meio à multidão.

O caso aconteceu na manhã do último domingo (5) na região da Brasilândia, zona norte de São Paulo.

Na manhã dessa segunda-feira (6), dia seguinte ao episódio, o UOL circulou pelo local onde ocorreram as agressões.

Receosos, os moradores se negaram a conversar com a reportagem sobre as agressões, ocorridas na estrada da Cachoeira.

Liberado ontem à tarde em audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda, o suspeito de agredir os policiais militares já foi condenado por envolvimento em crimes como tráfico de drogas e roubo.


A cena, gravada em vídeo, também consta no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil:

Cleyton Tavares também é apontado pela polícia como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele mesmo afirmou aos policiais "que pertencia à organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios", em referência à facção.

"Ele já pagou pelo que fez no passado. Hoje, é dono de um comércio lícito em frente ao local dos fatos e não oferece risco para a sociedade. Por isso, ele saiu", explicou o advogado Renato Goulart Oliveira.

O defensor também criticou a atitude dos policiais militares.

"A Polícia Militar está despreparada. Dois agentes não podem entrar em um baile funk sem pedir por reforço. Mas o caso ainda está sendo apurado", analisa.

Em nota, a corporação disse que os agentes perseguiram suspeitos em fuga e só então perceberam que havia baile funk no local.

"Havia diversas pessoas em um baile, que derrubaram suas motocicletas [dos policiais militares] e passaram a agredi-los", diz um dos trechos do texto.

Cleyton Tavares Boa Ventura, suspeito preso por agredir policiais em baile funk na Brasilândia (Imagem: Reprodução)

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Os policiais militares informaram que iniciaram uma perseguição ao perceberem que dois homens circulavam sem capacete em uma moto com a placa encoberta na manhã deste domingo na região da Brasilândia.

Em fuga, os suspeitos abandonaram o veículo em frente a um local onde acontecia um baile funk na estrada Cachoeira, e fugiram a pé em meio à multidão.

De acordo com a investigação, os policiais militares começaram a ser agredidos quando tentavam capturar os suspeitos.

"Os policiais militares foram impedidos de fazer a abordagem e a identificação da moto. Aí, ocorreram aquelas cenas lamentáveis de agressão aos agentes, que estavam trabalhando regularmente" disse Hélio Bressan, delegado da Seccional Norte

Os policiais militares afirmaram que os agressores tentaram roubar a arma de um deles e ainda levaram um rádio de comunicação.

O PM alvo da maior parte das agressões diz que foi espancado e sofreu ferimentos na face.

A área onde ocorreu o conflito foi isolada e é preservada por policiais militares.

Peritos do Instituto de Criminalística, da Polícia Científica de São Paulo, também foram mobilizados para ir ao local e tentar reunir o maior número de provas para identificar outros envolvidos no episódio.

Com informações do UOL

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