06/09/2024 10:26

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O observatório europeu Copernicus anunciou nesta sexta-feira (6) que as temperaturas médias globais durante os meses de verão do hemisfério norte (junho, julho e agosto) de 2024 foram as mais altas já registradas, superando o recorde anterior de 2023.

Esse período marcou o verão mais quente da história global desde o início das medições, assim como o dia mais quente já registrado.

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Recordes globais de calor

  • Temperatura média global de agosto de 2024: 1,51°C acima da média do período pré-industrial (1850-1900), igualando o recorde de agosto de 2023.
  • Últimos 12 meses: A temperatura média foi 1,64°C superior à da era pré-industrial.
  • O limiar de 1,5°C, considerado o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris de 2015, foi ultrapassado em 13 dos últimos 14 meses, segundo dados do Copernicus.

O fenômeno é amplamente impulsionado pelo aquecimento sem precedentes dos oceanos, que absorveram 90% do excesso de calor causado pela atividade humana.

Desde maio de 2023, as temperaturas da superfície do mar têm se mantido em níveis extraordinariamente altos, fornecendo combustível adicional para ciclones e outros eventos climáticos extremos.

Impactos globais e reações

Países como Espanha, Japão, Austrália e várias províncias da China também registraram níveis históricos de calor em agosto de 2024.

A China, por exemplo, notificou seu agosto mais quente desde 1961, com a temperatura média atingindo 22,96ºC, 1,5ºC acima do normal.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) declarou um "alerta vermelho" devido a esses recordes de calor, destacando a gravidade da situação.

Celeste Saulo, diretora da OMM, ressaltou que, embora o cenário seja preocupante, há esforços contínuos para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Perspectivas para 2024

Com as temperaturas globais em ascensão e o sobreaquecimento dos oceanos em curso, há grandes chances de que 2024 se torne o ano mais quente já registrado, superando o recorde de 2023.

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