O observatório europeu Copernicus anunciou nesta sexta-feira (6) que as temperaturas médias globais durante os meses de verão do hemisfério norte (junho, julho e agosto) de 2024 foram as mais altas já registradas, superando o recorde anterior de 2023.
Esse período marcou o verão mais quente da história global desde o início das medições, assim como o dia mais quente já registrado.
O fenômeno é amplamente impulsionado pelo aquecimento sem precedentes dos oceanos, que absorveram 90% do excesso de calor causado pela atividade humana.
Desde maio de 2023, as temperaturas da superfície do mar têm se mantido em níveis extraordinariamente altos, fornecendo combustível adicional para ciclones e outros eventos climáticos extremos.
Países como Espanha, Japão, Austrália e várias províncias da China também registraram níveis históricos de calor em agosto de 2024.
A China, por exemplo, notificou seu agosto mais quente desde 1961, com a temperatura média atingindo 22,96ºC, 1,5ºC acima do normal.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) declarou um "alerta vermelho" devido a esses recordes de calor, destacando a gravidade da situação.
Celeste Saulo, diretora da OMM, ressaltou que, embora o cenário seja preocupante, há esforços contínuos para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Com as temperaturas globais em ascensão e o sobreaquecimento dos oceanos em curso, há grandes chances de que 2024 se torne o ano mais quente já registrado, superando o recorde de 2023.