Depois das restrições estabelecidas pelo governo para enfrentar a covid-19, a Inglaterra vive uma “segunda pandemia”: a de saúde mental.
Atualmente, o país tem cerca de 10 milhões de pessoas — incluindo 1,5 milhão de crianças e adolescentes — na fila de espera por um tratamento especializado.
Os casos mais comuns relatados por médicos são pacientes com histórico de tentativa de suicídio, automutilação e inanição, segundo noticiou reportagem do jornal britânico The Guardian, publicada nesta segunda-feira, 21.
Em algumas partes da nação, o serviço de ajuda psicológica está sobrecarregado.
Sajid Javid, ministro da Saúde do Reino Unido, reconheceu que os níveis nacionais de depressão quase dobraram desde o início da pandemia.
Javid enfrenta pressões para desenvolver rapidamente um plano, de modo a responder à crescente demanda por cuidados de saúde mental na Inglaterra.
Sergipe: novas restrições começam a valer nesta terça-feira (22) e permanecem até 7 de março
As medidas foram estabelecidas pelo Governo do Estado com o objetivo de controlar a pandemia, evitando novas contaminações.
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“Com projeções mostrando que 10 milhões de pessoas na Inglaterra, incluindo 1,5 milhão de crianças e adolescentes, precisarão de apoio novo ou adicional para sua saúde mental nos próximos três a cinco anos, não é de admirar que os líderes da Saúde tenham chamado isso de segunda pandemia”, disse Matthew Taylor, executivo-chefe do “SUS” britânico, em entrevista ao The Guardian.
A Confederação do “SUS” do Reino Unido está pedindo uma expansão de unidades de atendimento psiquiátrico na Inglaterra.