10/10/2022 17:17

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Ontem (09/10), as embalagens de alimentos industrializados ganharam uma nova rotulagem no Brasil, com alertas sobre produtos com altos índices de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio.

Esses nutrientes estão associados ao aumento de casos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de câncer.

Em 2019, uma pesquisa indicou que a prevalência de sobrepeso e obesidade entre os brasileiros era de quase 54%.

A ideia é que, com informações mais claras e compreensíveis, as pessoas possam fazer escolhas mais saudáveis.


Quais as mudanças? 

Alegações nutricionais:

Uma lupa vai identificar o alto teor de açúcares, gorduras saturadas e sódio.

Caso o alimento tenha algum desses alertas, os selos positivos — como "light” ou “livre de gordura trans” — não poderão ocupar a parte frontal da embalagem;


Mudanças na estética:

Todos os alimentos passam a ter uma tabela nutricional frontal.

Para evitar os contrastes que atrapalham a leitura, ela só poderá ter letras pretas e fundo branco; 


Simplificando os padrões:

Também será obrigatória a declaração do valor energético e de nutrientes por 100 g ou 100 ml, para ajudar na comparação de produtos;

 

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O modelo seria uma adaptação do formato usado no Chile, o primeiro país da América Latina a adotar novas regras na rotulagem dos alimentos, em 2016. 

Deu resultado? Em 2021, um estudo chileno mostrou que houve uma queda de 24% na compra de produtos calóricos, de 37% daqueles com alta concentração de sódio e de 27% daqueles como grande quantidade de açúcar.

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