Três anos já se passaram desde o início da pandemia da Covid-19 e as origens do SARS-CoV-2 permanecem incertas.
Um estudo publicado na revista Nature, na quarta-feira (5), traz novas evidências de que a procedência mais provável é o mercado úmido de Wuhan.
Os dados foram disponibilizados publicamente e permitirão análises por pesquisadores independentes, uma demanda antiga da comunidade científica.
Foto: Getty Images
Os resultados publicados pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças mostram que parte do material coletado no comércio de Wuhan contém elementos genéticos tanto do vírus quanto de animais selvagens.
O achado sugere que a infecção pode mesmo ter sido transmitida de fauna silvestre para seres humanos.
Apesar de algumas teorias sugerirem que a pandemia teve origem em laboratórios chineses, o mercado úmido tem sido apontado como o local mais provável de início da infecção, pois a maior parte dos primeiros casos estava ligada a pessoas que passarem pelo local.
Uma pesquisa publicada no último dia 20 revela que o DNA de diversos mamíferos foram encontrados no comércio, o que reforça a teoria da procedência natural do vírus.
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Pesquisadores alertam, contudo, que a questão ainda está em aberto. Apesar de amostras coletadas do ambiente conterem ambos os materiais genéticos, nenhum dos swabs recolhidos de animais vivos deram positivo para o SARS-CoV-2.
As análises foram feitas com materiais coletados no local logo no início da pandemia. Em primeiro de janeiro, assim que o mercado foi fechado, 923 amostras foram colhidas.
Pouco mais de duas semanas depois, uma nova investigação foi feita e 457 swabs foram obtidos, em 18 espécies diferentes de animais vivos ou refrigerados.
Todas essas informações foram disponibilizadas num banco público de dados.
Com isso, pesquisadores de todo o mundo poderão fazer análises mais profundas e revelar informações escondidas no material genético, como a origem dos animais comercializados no local.
Com informações da Veja/BBC News