O feriado da Independência do Brasil, comemorado nesta quinta-feira, 7 de setembro, marca o dia em que Dom Pedro I proclamou a independência do país em 1822, ao bradar "independência ou morte" às margens do Rio Ipiranga, localizado na atual Zona Sul de São Paulo.
Historiadores enfatizam que esta data é mais uma celebração da memória do que um evento histórico específico.
João Paulo Pimenta, professor do departamento de História da USP e autor do livro "Independência do Brasil," publicado em 2022, destaca que essa data ganhou relevância ao longo do tempo.
O termo "data da memória" é utilizado porque todo o ano de 1822 foi marcado por eventos que contribuíram para a independência do Brasil.
Se os historiadores pudessem escolher um momento que simbolizasse com mais precisão a independência do Brasil, muitos destacariam a aclamação pública de Dom Pedro como imperador Dom Pedro I no Rio de Janeiro em 12 de outubro de 1822.
Essa data foi reconhecida pelos participantes e observadores da independência como o evento mais representativo.
O 7 de setembro de 1822, por si só, não foi um evento decisivo na independência, mas ao longo do tempo, ele foi construído como uma data significativa na memória brasileira para homenagear Dom Pedro e os paulistas envolvidos no processo de independência.
Além disso, os historiadores destacam que a independência do Brasil não pode ser compreendida apenas como a separação de Portugal, mas também dentro do contexto internacional da época, que envolvia debates sobre a reorganização da monarquia portuguesa e a formação do novo Estado brasileiro.
Maria Leopoldina, imperatriz casada com Dom Pedro I, ao lado de José Bonifácio
Imperatriz Leopoldina
Outra figura importante nesse processo é a imperatriz Maria Leopoldina, esposa de Dom Pedro I.
Portanto, o 7 de setembro é uma data que, ao longo do tempo, se tornou um marco simbólico da independência do Brasil, mas é importante lembrar que o processo foi mais complexo e envolveu uma série de eventos ao longo do ano de 1822.
Com informações do Estadão