Conheça os casos de Robert Kennedy, nos EUA, Luis Donaldo Colosio, no México, e de três candidatos à presidência da Colômbia que foram mortos em campanha
John F. Kennedy e a primeira-dama Jackie Kennedy são fotografados em um carro durante a cerimônia de chegada de Habib Bourguiba, o presidente da Tunísia, em Washington, em 3 de maio de 1961. — Foto: Abbie Rowe/The White House/John F. Kennedy Presidential/Reuters
Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, foi assassinado ao sair de um comício político na cidade de Quito na quarta-feira (9).
O caso é bem parecido com outros homicídios de candidatos à presidência em países da América Latina e dos Estados Unidos.
Um dos mais famosos é bem parecido com o de Villavicencio:
em 1989, Luis Carlos Galan, da Colômbia, se preparava para fazer um discurso em um comício quando foi atingido por tiros.
Anos mais tarde, em 1994, no México, houve um caso ainda mais parecido, porque o assassinato aconteceu quando o candidato à presidência, no caso Luis Donaldo Colosio, já estava indo embora do evento de campanha quando foi morto.
No Brasil, o então candidato Jair Bolsonaro foi vítima de um atentado em 2018 durante um evento de campanha.
Ele estava no meio de uma multidão na cidade de Juiz de Fora quando um homem se aproximou e deu uma facada na barriga do político.
Foto: George Freston / Getty
Estados Unidos, 1968: Robert Kennedy
Robert Kennedy foi assassinado com um tiro em 5 de junho de 1968. Ele era o favorito para vencer as primárias do Partido Democrata –no dia em que foi assassinado ele comemorava a vitória nas prévias do estado da Califórnia.
Robert era um dos irmãos de John F. Kennedy, o presidente dos EUA que foi assassinado em 1963 quando desfilava em um carro aberto na cidade de Dallas.
O assassino de Robert é Sirhan Sirhan, um homem palestino, que está preso ainda hoje.
Ele matou o candidato em um hotel e confessou quase imediatamente.
Décadas mais tarde, ele afirmou que se sentiu traído por Robert Kennedy porque o político afirmou, durante a campanha, que se fosse eleito enviaria aviões para apoiar Israel.
Luis Donaldo Colosio
México 1994: Luis Donaldo Colosio
Luis Donaldo Colosio, candidato à presidência do México em 1994, foi assassinado em um evento de campanha em um bairro pobre na cidade de Tijuana.
Esse é considerado um dos crimes mais problemáticos do país.
Mario Aburto Martinez, um operário de 23 anos, foi detido na cena do crime e chegou a confessar –ele também afirmou que agiu sozinho.
No entanto muitos mexicanos acreditam que havia mandantes (entre os suspeitos mais comuns estavam os cartéis de drogas da região de Tijuana e políticos financiados por traficantes).
Fernando Villavicencio / Foto: Reprodução
Equador, 2023: Fernando Villavicencio
Villavicencio foi assassinado ao sair de um comício em uma quadra de um colégio. Ele já estava entrando em um carro quando foi baleado.
O crime ainda está sendo investigado pelas autoridades do país, mas até agora foram presos seis suspeitos pelos assassinatos –todos eles são colombianos.
Luis Carlos Galan / Getty Image
Colômbia, 1989: Luis Carlos Galan
Galan era um senador do Partido Liberal da Colômbia. Ele se preparava para dar um discurso em um comício com 10 mil pessoas em uma cidade perto de Bogotá, um atirador abriu fogo e o matou.
Esse foi um dos assassinatos comandados pelo narcotraficante Pablo Escobar.
Um dos comandados de Escobar, Jhon Jairo Velásquez, afirmou que foi ele quem executou o plano para matar Galan.
Esse não foi o único assassinato de candidato na Colômbia, mas é o mais famoso.
Bernardo Jaramillo
Colômbia, 1990: Bernardo Jaramillo
Jamarillo era o candidato da principal coligação de esquerda da Colômbia em 1990.
Ele estava no terminal doméstico do aeroporto de Bogotá quando foi baleado –um pistoleiro deu quatro tiros.
O político chegou a ser levado para o hospital. Esse assassinato também é atribuído a narcotraficantes da Colômbia.
Carlos Pizarro
Colômbia, 1990: Carlos Pizarro
Assassinado dentro de um avião, Pizarro foi o terceiro candidato assassinado em menos de um ano na Colômbia.
Originalmente, ele era de uma guerrilha que depôs as armas e acabou se convertendo em um partido político formal.
Diferentemente dos outros assassinatos, os mandantes deste crime não foram os narcotraficantes, mas, sim, grupos paramilitares.