A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que a gravidez precoce “está muito atrelada” ao uso da rede social TikTok por crianças e adolescentes.
Damares opinou sobre a influência da rede durante o discurso na abertura da Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência nessa terça-feira, 1.
O evento é uma iniciativa da Pasta com o objetivo de reduzir a incidência da gestação precoce e os índices de infecções sexualmente transmissíveis.
Foto: Isac Nóbrega/PR
“Não vem papai e mamãe jogar no colo do Ministério da Saúde: ‘Resolva, minha filha engravidou’, depois que deixou sua filha com 8 anos ir pro TikTok vender seu corpo.
Uma coisa está muito atrelada com a outra”, disse a ministra para explicar, na sua visão, os motivos da erotização infantil.
A ministra também utilizou o discurso de abertura para defender uma de suas bandeiras: a proibição do aborto.
Para Damares, “se acontecer uma gravidez, vida é vida”.
Cena do filme Lindinhas (tútulo original Mignonnes), França 2020 // Reprodução
Essa não é a primeira vez que a ministra critica uma plataforma por causa de conteúdos de sexualização infantil.
Em 2020, Damares engrossou o coro formado por políticos de outros países contra o filme francês Lindinhas (Cuties, em inglês), lançado pela Netflix.
A ministra defendeu que o conteúdo era “abominável”.
Premiado, o longa, ironicamente, tinha o objetivo de criticar a sexualização de meninas pré-adolescentes.
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Segundo a Política de Uso do TikTok, o aplicativo não é indicado para crianças com menos de 13 anos.
Além disso, o documento ainda afirma que contas suspeitas de serem de menores de 13 anos podem ser removidas após análise da plataforma.
Para os jovens até os 18 anos, o TikTok aplica uma série de restrições a depender da faixa etária, como a proibição do uso de mensagens diretas ou fazer lives e redução de alcance de conteúdo.
Com informações de agências nacionais