Pesquisa mostra redução no número de jovens que consome álcool regularmente.
Na noite, eles estão buscando menos devassidão, mais cultura e estética, diz especialista.
Se muitos millennials viraram noites em raves movidos a vodka, o hábito pode ser considerado cringe para os membros da gen Z, que estão consumindo menos álcool e frequentando menos baladas.
A parcela de jovens de 18 a 24 anos que bebem álcool três ou mais vezes por semana caiu gradativamente desde 2019, indo de 11% para 8% neste ano.
Mostrando que os pais estão ganhando dos filhos na cachaça, em 2023, pela primeira vez, o grupo de mais jovens não teve a maior porcentagem no consumo regular de álcool, sendo superado pelas pessoas de 45 a 54 anos e de 55 a 64.
A tendência é mundial. Em 2022, 23% dos jovens europeus disseram que nunca bebem e apenas 1% afirmou beber diariamente. Nos EUA, é moda falar do assunto no TikTok.
Saindo do álcool e indo para os horários das baladas, o que era considerado careta, agora, é cool.
No Reino Unido, as chamadas festas “before midnight”, que terminam antes da meia-noite, têm atraído cada vez mais jovens.
Uma das explicações para essa mudança de hábito está centrada no autocuidado, com muitas pessoas trocando o álcool por noites bem dormidas.
Pensando nos impactos disso para os negócios, é só reparar nas opções de cerveja sem álcool se multiplicando nas prateleiras de supermercado, com uma produção que deve crescer 24% no Brasil em 2023.