Segundo uma pesquisa, quase 1,5 milhão de pessoas em idade ativa — entre 15 e 64 anos — no Japão vivem afastadas da sociedade.
O número corresponde a 2% da população.
No país, o grupo é chamado de “hikikomori” e é composto por pessoas que evitam atividades em que há socialização, como frequentar a escola e o trabalho.
O motivo apontado com mais frequência foi o abandono do emprego, seguido pelo isolamento após a crise sanitária causada pelo COVID. Outras causas citadas foram a depressão ou o bullying.
Para os entrevistados com idades entre 15 e 39 anos, 18% citaram a pandemia como motivo para se manter isolado.
Dos que tinham entre 40 e 64 anos, 20% continuam recluso em razão do COVID.
Mas a situação não é de hoje. Em 2019 — antes da pandemia —, já era estimado que 1,8% dos japoneses entre 15 e 39 anos viviam isolados.
Em outras palavras, o vírus só deu uma leve aumentada em um problema que já existia.
Quem são essas pessoas?
De acordo com o estudo de 2019, os “hikikomori” são mais propensos a serem do sexo masculino e de terem algum histórico de abandono escolar ou tratamento psiquiátrico anterior.
Além disso, o estudo identificou que 41% dos adeptos a esse isolamento já viviam dessa forma por três anos ou mais e tinham uma tendência maior a apresentar comportamento de vício e fatores de risco de suicídio.