Mulheres que estiveram presas com ela no Instituto Penal Oscar Stevenson, presídio que fica no Rio de Janeiro, afirmaram em depoimento que a própria interna relatou ter tido "atos libidinosos" com um advogado dentro da cadeia.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-RJ) abriu um procedimento para investigar os relatos.
A mãe do menino Henry dividia a cela com um grupo de seis internas, todas presas por crimes de grande repercussão no Rio de Janeiro.
Monique Medeiros (Reprodução/Youtube)
Uma das mulheres que narra o suposto ato entre Monique e um advogado é Elaine Lessa, mulher do policial reformado Ronnie Lessa, presa por tráfico internacional de armas.
A outra presa é Fernanda de Almeida, a "Fernanda Bumbum", acusada de planejar a morte de uma rival de procedimentos estéticos.
Outras presas teriam confirmado os relatos; veja a lista completa abaixo:
Elaine Pereira Figueiredo Lessa - Presa por tráfico internacional de armas, ela é mulher do PM reformado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes;
Karina Lepri Franco - Dentista que tramou com o amante miliciano a morte do marido, um diretor da Shell;
Priscilla Laranjeira Nunes de Oliveira - Síndica de prédio na Barra da Tijuca que tramou a morte de vizinho junto com o funcionário e amante;
Fernanda Silva de Almeida, a “Fernanda Bumbum” - Presa por planejar a morte de rival de procedimento estético e casada com um ex-PM, condenado pela chacina da Baixada Fluminense;
Bruna Adrielly Correia Carlos - Presa na Rodovia Presidente Dutra com 750 kg de maconha;
Cintia Gomes de Oliveira - Presa por adulteração de sinal de identificador de veículo e corrupção ativa.
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"Fernanda Bumbum" disse que Monique teria usado "roupas inadequadas" na visita de um advogado, relato que foi confirmado em documento obtido pelo g1/RJ.
No depoimento, Fernanda também disse que, segundo Monique, o advogado era "apaixonado por ela" e faria de tudo para que ela deixasse a cadeia.
A versão foi confirmada pelas outras cinco detentas.
Parlatório do presídio onde Monique estava // Foto: Arquivo Pessoal via g1
Todas as seis afirmaram ter ouvido da própria Monique, ou de pessoas próximas a ela, que durante uma visita um dos advogados que a defende teria se masturbado enquanto ela exibia os seios.
O ato teria acontecido no parlatório da cadeia (foto acima), onde há portas e não há câmeras de vigilância. Um vidro separava a detenta do defensor.
Priscilla, Karina, Elaine e Cintia contaram que a revelação ocorreu no meio do convívio das presas. E Bruna disse que o fato foi narrado durante uma discussão entre Monique e Fernanda.
A versão das outras presas passou a ser investigada pela Seap e um procedimento disciplinar foi aberto pela pasta.
Sobre o advogado, a Seap disse que oficiou a OAB-RJ sobre os termos das detentas.
Com informações do g1/RJ