Juliana Marins/Foto: Arquivo pessoal / Monte Rinjani/Foto: Getty Images
A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, reacendeu o alerta para os perigos que envolvem a escalada de um dos vulcões mais altos e ativos do país. Desde o acidente, aumentaram significativamente as buscas na internet por “quantas pessoas já morreram no vulcão Rinjani?”, segundo levantamento de tendências.
Juliana era natural de Niterói (RJ) e estava em uma viagem solo pela Ásia. Na última sexta-feira (20), durante uma trilha até o cume do Rinjani, ela escorregou e caiu em um desfiladeiro de difícil acesso, com encostas íngremes e terreno instável.
Após quatro dias de buscas, enfrentando neblina, chuvas e ventos fortes, as equipes de resgate encontraram seu corpo cerca de 500 metros abaixo da trilha principal.
Segundo relatos locais, Juliana teria pedido para descansar antes do acidente, mas o guia seguiu adiante. A família criticou tanto a conduta da agência quanto a lentidão no resgate.
Localizado na ilha de Lombok, o Monte Rinjani tem 3.726 metros de altitude e atrai turistas do mundo inteiro. No entanto, os riscos são significativos:
A subida ao cume do Rinjani leva de dois a quatro dias, com trechos de:
O clima imprevisível é outro agravante: neblina, chuvas intensas e ventos fortes são frequentes, dificultando a navegação e os resgates aéreos ou terrestres.
Durante o período de chuvas (de janeiro a março), o parque normalmente é fechado. Em 2025, ele só foi reaberto após uma inspeção oficial.
Apesar da popularidade do destino, especialistas alertam para falhas na infraestrutura de segurança:
Em março de 2025, o governo da Indonésia recomendou a criação de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para resgates e primeiros socorros no Monte Rinjani — uma medida ainda não implementada, o que prejudica a resposta rápida em situações críticas.
Matérias sob editoria da equipe de redatores do portal.