No domingo 19, o policial civil e piloto de helicóptero Adonis Lopes frustrou os planos de dois criminosos que tentaram sequestrar um voo sob seu comando para desviá-lo a um resgate de um detento no complexo penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro (RJ).
“Imaginei que aquele pudesse ser meu último voo”, disse o policial à TV Globo. “Mas não ia conviver com o estigma de resgatar bandido”. Ele decidiu que “não iria de jeito nenhum” para o presídio.
O policial civil e piloto de helicóptero Adonis Lopes | Foto: Reprodução
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Primeiro, Lopes tentou convencer os criminosos que, ao pousar dentro do presídio, o helicóptero seria metralhado.
Não funcionou. “Fica tranquilo, isso não vai acontecer”, garantiu um dos bandidos.
Em seguida, o policial tentou descer no campo de futebol do 14º Batalhão da Polícia Militar, localizado em Bangu. Porém a dupla percebeu.
“Eles pegaram os comandos, o sujeito de trás me deu uma gravata”, lembrou. Imagens postadas nas redes sociais mostram o helicóptero voando desgovernado.
“As manobras não foram propositais”, afirmou o piloto. “Eu pensei que a aeronave fosse colidir com qualquer comando. O helicóptero é muito sensível. Eu, a todo momento, evitava bater.”
Depois de uma luta corporal, os criminosos desistiram do resgate. Eles desembarcaram em uma área de mata em Niterói.
Na sequência, o policial se dirigiu para o Grupamento Aeromóvel de Niterói, onde pousou.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais registrou a ocorrência.
O policial civil e piloto de helicóptero Adonis Lopes foi contratado por dois homens para sobrevoar a Praia dos Ossos, em Angra dos Reis (RJ).
Durante o passeio, os dois revelaram o verdadeiro intuito:
O resgate de um detento no complexo penitenciário de Bangu. Lopes conseguiu impedir o plano dos criminosos.