Imagens do circuito interno do STF (Supremo Tribunal Federal) do momento dos ataques golpistas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no último dia 8, mostram a Polícia Militar do Distrito Federal cedendo à passagem de manifestantes que invadiram a sede da corte e incapaz de repelir a depredação dos principais setores do prédio.
Vândalos indadem o predio do STF e provocam destruição. Reprodução
A invasão começou por volta das 15h30, com a segurança interna do Supremo tentando conter a multidão que entrou na Praça dos Três Poderes sem ser barrada pela.
Muitos estavam com máscaras e luvas e ignoraram as bombas de gás e de pimenta lançados pela Polícia Judicial.
O prédio só foi retomado às 16h40, após a ajuda de reforços do COT (Comando de Operações Táticas), unidade tática de elite da Polícia Federal; e do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do DF.
Após a invasão do prédio principal, a segurança se concentrou em proteger o subsolo do Supremo e os prédios anexos, onde ficam os gabinetes dos ministros e outros setores administrativos do tribunal.
Oito pessoas foram presas em flagrante na ocasião —uma delas vestida com uma das togas dos ministros.
Nos vídeos, é possível ver os golpistas usando a mangueira de incêndio do STF para destruir obras de artes e inundar o Plenário e os principais salões da corte.
Uma das pinturas que são molhadas se chama "Os Bandeirantes de Ontem e de Hoje", do artista Masanori Uragami. A peça está em restauração.
Em uma das cenas, no salão de bustos, próximo à entrada do Plenário, um dos invasores exibe como um troféu a réplica roubada da Constituição de 1988.
No próprio plenário, os vídeos mostram a depredação dos assentos dos ministros, do público e do local onde acontecem os julgamentos.
Pouco após a invasão, as câmeras internas do prédio são destruídas.
Com informações da Folha de SP