Tema Livre

Edição: Hugo Julião
16:43
17/04/2021

Reino Unido e família real dão último adeus ao príncipe Philip; veja galeria de fotos |

Em uma cerimônia privada e limitada a cerca de 30 pessoas, devido à pandemia, a família real e os britânicos deram seu último adeus ao príncipe Philip neste sábado (17).

O duque de Edimburgo faleceu há oito dias e completaria 100 anos no próximo 10 de junho.

Ele foi sepultado no panteão real do Castelo de Windsor, a cerca de 50 km a oeste de Londres.

Foi uma vida dedicada à monarquia e à rainha Elizabeth II, durante 73 anos de casamento. 

A amada carruagem do Príncipe Philip, que ele mesmo projetou, chegou ao seu funeral com seu chapéu e luvas no assento.

Ela foi levada ao Castelo de Windsor, residência real no oeste de Londres (Fotos: Pool/Getty Images)

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O cortejo, de oito minutos de duração, começou às 14h45 locais (10h45 em Brasília) com saudações de honra e o toque do sino na torre do castelo.

O translado do caixão foi realizado em um Land Rover, seguido a pé pelos membros mais próximos da família real - incluindo seus quatro filhos, Charles, Andrew, Edward, e a princesa Anne - além dos netos William e Harry, filhos do primogênito.

Em outro automóvel, o Bentley da família, a rainha, vestida inteiramente de preto, foi transportada até a Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor.

 

O prícipe Filipe foi transportado no Land Rover modificado - o projeto de criação do carro funerário foi orientado pelo próprio duque de Edimburgo ao longo de 16 anos, numa parceria iniciada em 2003 com a marca de carros inglesa.

Entre as modificações feitas no veículo original estão, por exemplo, a parte traseira aberta e a cor verde militar (reflexo de um passado na Marinha Real).

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Logo depois, às 15h locais (11h em Brasília), o Reino Unido observou um minuto de silêncio.

A pausa em memória do duque de Edimburgo coincidiu com o momento em que o caixão estava na escadaria da Capela de São Jorge.

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual dos anglicanos e reitor de Windsor recebeu os restos mortais do príncipe Philip na entrada do local. 

A Rainha Elizabeth II chega para o funeral do Príncipe Philip, no Castelo de Windsor

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Dentro da capela, as cornetas tocaram "The Last Post", tema utilizado em funerais militares britânicos, e "Action Stations", sinal que chama os marinheiros aos seus cargos.

As melodias foram entoadas a pedido do próprio duque de Edimburgo, que serviu na Marinha Real durante a Segunda Guerra Mundial.

Apenas 30 pessoas puderam assistir à cerimônia - entre elas, os príncipes William e Harry. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não assistiu à cerimônia. 

 

Príncipe Charles, Príncipe de Gales, e Princesa Anne, Princesa Real, durante o funeral do Príncipe Philip

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Por volta das 15h50 locais, (11h50 em Brasília), o caixão do príncipe Philip foi colocado na cripta real da Capela de São Jorge.

Seus restos mortais permanecerão no local até o falecimento da rainha. O casal será então reunido e levado ao Memorial do Rei George VI, pai de Elizabeth II. 

O próprio príncipe Philip, antes de morrer, selecionou os itens que foram colocados no alta da Capela de São Jorge.

As insígnias são as medalhas e condecorações dadas a ele pelos países do Commonwealth (comunidade de nações que faziam parte do Império Britânico) e pelo próprio Reino Unido.

As insígnias foram colocadas sobre nove almofadas. Ele pediu a inclusão de símbos da Grécia e da Dinamarca, um aceno à sua origem familiar.

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Apesar dos rigores do protocolo nacional, o duque de Edimburgo não quis um funeral de Estado e seu pedido foi respeitado.

Menor do que a prevista, a cerimônia seguiu os desejos do consorte, segundo o Palácio de Buckingham. 

A rainha teria tido dificuldades para montar a lista de participantes. No entanto, ela fez questão de incluir representantes de todos os ramos da família do marido.

 

O caixão de Filipe antes de ele ser baixado para a abóbada real 

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Os britânicos puderam assistir à cerimônia pela televisão. Em circunstâncias normais, o acesso do público seria diferente, como aconteceu em 2002, quando da morte da rainha-mãe, Elizabeth.

Ela foi enterrada em um serviço privado em Windsor depois de cerimônia na abadia de Westminster, que contou com a presença de 60 reis, rainhas e membros da realeza, além de autoridades nacionais e estrangeiras.

A cerimônia foi acompanhada por cerca de um milhão de pessoas do lado de fora da abadia e em todo o caminho até Windsor.

 

Uma banda tocou as músicas no funeral, que aconteceu nos jardins do Castelo de Windsor

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Desde a morte de Philip, no último dia 9 de abril, representantes da realeza e autoridades pedem ao público que evitem aglomerações em frente às residências da família.

No entanto, desde sábado passado (10), centenas de pessoas deixam cartões e flores diante do Castelo de Windsor, onde o duque de Edimburgo morreu, e do palácio de Buckingham, no coração da capital britânica, a residência oficial do casal.

 Na página da família real na internet, pede-se que as pessoas prestem suas últimas homenagens ao príncipe com doações a instituições de caridade em vez de gastar dinheiro com flores.

 

Centenas de pessoas assistiram a cavalaria da Tropa do Rei cavalgar até o castelo de Windsor para a cerimônia.

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Aos 99 anos, Philip se recuperava de uma cirurgia cardíaca realizada no início de março, que o manteve por quase um mês no hospital.

Segundo fontes ouvidas pela mídia britânica, ele teria morrido dormindo, ao lado da rainha.

A rainha estava sentada na frente do coro, perto do altar. Diretamente oposto a ela estava seu filho, o Príncipe de Gales, Charles, ao lado da sua mulher, a Duquesa da Cornualha.

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A família real observará um período de duas semanas de luto.

Se participarem de compromissos oficiais, seus integrantes deverão usar tarjas pretas no braço.

Já o período de luto nacional acaba logo após o funeral.

Desde a morte de Philip, bandeiras a meio mastro tremulam pelo Reino Unido.

Com informações das agências internacionais 

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