Durante a reunião anual de acionistas da Berkshire Hathaway no sábado, o renomado investidor Warren Buffett manifestou preocupações sobre os potenciais perigos da inteligência artificial (IA).
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Ele apontou especificamente para a capacidade da tecnologia em facilitar golpes, observando que, se tivesse interesse em investir em fraudes, a IA tornaria esse setor altamente lucrativo.
Buffett destacou a habilidade da tecnologia em criar conteúdos realistas e enganosos, que podem ser usados para direcionar recursos financeiros para criminosos.
Ele mencionou que golpistas já estão utilizando técnicas como clonagem de voz e deep fakes para manipular vídeos e imagens, imitando pessoas conhecidas para solicitar dinheiro ou informações pessoais.
Embora reconheça o potencial positivo da inteligência artificial, Buffett admitiu sua falta de conhecimento profundo sobre a tecnologia e suas possíveis implicações, tanto boas quanto ruins, destacando sua incerteza sobre como essa área evoluirá no futuro.
Nos últimos anos, a inteligência artificial tem sido um tópico quente em Wall Street, com investidores reconhecendo seu potencial para aumentar os lucros.
As ações de empresas como Nvidia e Meta, por exemplo, tiveram incrementos significativos de 507% e 275%, respectivamente, desde o final de 2022, impulsionadas pelo entusiasmo em torno da IA.
Warren Buffett, por sua vez, fez uma comparação impactante do potencial da IA com o da bomba atômica no século XX.
Ele mencionou que, embora seu conhecimento sobre IA seja limitado, ele reconhece sua existência e a importância crescente.
Buffett destacou que, assim como a invenção das armas nucleares desencadeou um "gênio" que causou danos significativos, ele teme que o poder da IA possa ser igualmente destrutivo e irreversível.
Ele expressou que não vê como colocar esse "gênio" de volta na garrafa, e que a IA é semelhante.
O investidor finalizou dizendo que a inteligência artificial é extremamente importante e será certamente desenvolvida, mas ainda resta saber qual será seu impacto no futuro da sociedade.
Com informações da Exame